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Com Serra, violência continua a crescer em São Paulo

Pelo terceiro trimestre seguido neste ano, a violência continuou a crescer no Estado de São Paulo. Dados divulgados na noite desta sexta-feira (30), pela Secretaria da Segurança Pública da gestão José Serra (PSDB) apontam o aumento em praticamente todos os tipos de crime.

A comparação do 3º trimestre de 2008 com o mesmo período deste ano revela que subiram os crimes de sequestro, homicídio doloso (intencional), estupro, roubo, furto, roubo e furto de veículos e também o roubo de cargas e de bancos.

Em todo o Estado, foram assassinadas 1.119 pessoas nos meses de julho a setembro deste ano -um aumento de 3% em relação a 2008. Na cidade de São Paulo, porém, houve queda de 8,2% -de 317 para 291, mais de três assassinatos por dia.

A variação mais alta foi contabilizada nos crimes de sequestro: 136% -11 casos em 2008 e 26 agora. O total de pessoas mortas em latrocínios (roubo seguido de morte) subiu 14% -74 para 82 vítimas.

Principal bandeira do atual secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que assumiu a pasta em março com a promessa de combater os crimes contra o patrimônio, roubos e furtos tiveram alta de 18% e 6%, respectivamente.

Em maio, quando os números referentes ao 1º trimestre do ano já apontavam para o aumento da criminalidade no Estado, o governo atribuiu o problema à crise econômica.

Com 64.399 roubos registrados, o 3º trimestre deste ano entrou para a história como o período em que mais crimes desse tipo ocorreram em todo o Estado. A marca negativa anterior (63.729) havia sido registrada no 2º trimestre deste ano. Na comparação com o 3º trimestre do ano passado, os roubos aumentaram 18% agora.

O total de roubos (64.399) não inclui os casos de roubo de veículos, a bancos e de cargas. O furto, delito que historicamente sempre foi o mais registrado nas estatísticas da criminalidade, subiu 6%.

No caso de crimes de estupro, houve aumento de 52% (de 863 para 1.311), mas a variação, segundo nota oficial da Segurança Pública, ocorreu por causa da mudança na lei, que passou a considerar estupro também casos de "atos libidinosos" e "atentados violentos ao pudor".

Ninguém fala

Logo após a divulgação dos dados da violência na noite de ontem, na página da pasta, o porta-voz da Secretaria da Segurança Pública, Enio Lucciola Lopes Gonçalves, disse  que ninguém do órgão iria se manifestar sobre os dados "por causa do horário".

Segundo Gonçalves, parte das explicações foi dada em uma "nota explicativa" no site da secretaria. Mas, na própria nota, há divergências. Pelo texto, foram 62.308 roubos no Estado. No quadro abaixo da informação, porém, o total que aparece é de 64.399.

Com Folha de S.Paulo