Inácio Arruda lembra Dia Nacional da Consciência Negra

Em seu pronunciamento, Inácio destacou o processo de formação do Brasil, onde negros e índios sofreram verdadeiras atrocidades praticadas pelos colonizadores: “Naquela época, negro e índio não tinham alma. Domingos Jorge Velho foi contratado pelo Governador de Pernambuco, uma capitania em franco desenvolvimento da Coroa portuguesa, para perseguir os negros que formaram um quilombo”, relembrou Inácio. “Mas era impossível vencer este quilombo. Só a brutalidade, a crueldade, a perseguição e o fanatismo com que foram perseguidos os negros do Quilombo dos Palmares fizeram com que fosse ao final destruído”, afirmou o Senador.

Inácio destacou que a discriminação ainda existe na sociedade brasileira. “Os negros não são só discriminados; sua maioria esmagadora é pobre. E pobre é discriminado. Ser pobre e negro é duplo preconceito na sociedade brasileira”, concluiu.

Ele relembrou grandes figuras da luta pela libertação dos negros no Ceará, como o Dragão do Mar e Maria Tomásia: “O Dragão do Mar impedia a entrada dos negros que chegavam em navios e a Maria Tomásia ia pelo interior do Ceará pregar a libertação. É por isso que se libertaram os negros primeiramente numa cidadezinha junto ao rio Acarape. Realizaram ali também um feito heróico que foi a primeira libertação dos escravos, que hoje é a cidade de Redenção, no Estado do Ceará”, destacou.

O parlamentar afirmou ainda que o Presidente Lula reforçou a criação de escolas técnicas no Brasil inteiro, bem como as universidades públicas federais, compreendendo a necessidade de unir o povo latino: “ Lula criou uma universidade que fica no Brasil, mas é latino-americana, com a metade das vagas para os sul-americanos e metade para brasileiros, que funcionará em Redenção, no Ceará”, explicou.

Conferência de Comunicação

Inácio também chamou a atenção para que o Senado aprove requerimento de sua autoria que determina a criação de uma comissão externa de Senadores para acompanhar todo o desenrolar da preparação da Conferência Nacional de Comunicação, que acontece no início de dezembro. “Nossa ideia é a de que a TV Senado, a Rádio Senado, e os meios de comunicação de que dispõe a Casa – que são diversos – realizem a cobertura da preparação e da atividade em si da conferência. Os Senadores precisam estar presentes em uma conferência como essa, dando opinião, no sentido de democratizar esse complexo de comunicação do País, que é muito monopolizado, um dos poucos setores de atividade do nosso País que não conseguimos democratizar, fechada com mãos de ferro, em poucas mãos brasileiras”, explicou o Senador.

O parlamentar também sugeriu ao Presidente José Sarney que a TV Senado e a Rádio Senado promovessem uma série de debates com especialistas, da área de comunicação: “ Temos grandes programas de debate. Não podemos perder a oportunidade de fazer esse trabalho no Senado da República”, alertou.

Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda