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Pesquisa mostra que aprovação a Obama cai para menos de 50%

A taxa de aprovação ao governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, caiu abaixo dos 50 por cento, em uma segunda pesquisa nesta semana, numa indicação de que sua popularidade está sendo afetada por um longo debate sobre o sistema de saúde e pelo enfraquecimento da economia, informou na sexta-feira (20) o Instituto Gallup.

Segundo o Gallup, 49 por cento dos norte-americanos aprovam o desempenho de Obama. Uma outra sondagem divulgada na quarta-feira, da Quinnipiac University, mostrou números semelhantes, apontando 48% de apoio a seu governo.

É a primeira vez que Obama não tem o apoio da maioria. Depois de tomar posse, em janeiro, com taxa de aprovação pouco abaixo de 70 por cento, ele ficou meses um pouco acima de 50 por cento.

Na avaliação do Gallup, a queda de Obama na pesquisa, feita com base num levantamento diário, resulta provavelmente da má situação da economia dos EUA, que levou milhões ao desemprego, bem como do acalorado debate sobre o sistema de saúde, que é um projeto positivo e popular, mas que está sendo detonado e criticado pela mídia conservadora e pela oposição de direita.

"Os norte-americanos também estão preocupados com a dependência do governo dos gastos públicos para resolver os problemas no país e o crescente déficit orçamentário", assinalou o Gallup, repetindo o mantra neoliberal do estado mínimo. O instituto ouviu 1.533 pessoas de terça a quinta-feira. A margem de erro é de 4 pontos.

Desde a Segunda Guerra Mundial, Obama é o quarto presidente a ter atingido mais rapidamente uma aprovação inferior a 50 por cento em pesquisas do Gallup.

Presidente pede paciência

 Neste sábado, Obama pediu aos norte-americanos que tenham paciência em relação à situação da economia. Ele argumentou que sua recém-concluída viagem à Ásia foi importante para as exportações do país, rebatendo, assim, as críticas de que voltou de mãos abanando. Com o desemprego alcançando a taxa de 10,2% e a alta popularidade do início do mandato agora caindo, Obama disse que um fórum da Casa Branca em dezembro discutirá a questão profundamente.

"Mesmo que leve tempo, posso lhes prometer isto: estamos seguindo na direção certa. As medidas que estamos adotando estão ajudando", disse Obama em seu pronunciamento semanal, em meio a sinais de que a população está ficando impaciente com a crise.

Os comentários de Obama foram os primeiros depois de sua volta de uma viagem à Ásia, na qual, segundo críticos, não conseguiu obter concessões significativas em comércio e moedas de parceiros como a China.

Mas Obama disse que progresso foi feito com a Rússia e a China no envio de uma mensagem unificada ao Irã e à Coreia do Norte para que eles desistam de programas nucleares ou "encarem as consequências", e também na pressão para que os países mantenham o estímulo ao crescimento.

Da redação, com agências