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Reforma da saúde nos EUA supera obstáculo no Senado

O Senado estadunidense iniciou nesta segunda-feira (23) o que pode ser as últimas sessões de debates sobre a reforma do sistema de saúde no país, um documento que em sua versão final chegará a 2.074 páginas.

A principal iniciativa na agenda do presidente Barack Obama venceu no último sábado uma importante barreira protocolar ao obter os 60 votos dos legisladores democratas, necessários para iniciar discussões no plenário.

Analistas citados pelo diário The Washington Post consideram que o caminho ainda não está totalmente livre e ainda existem muitas arestas a aparar antes de sua certificação definitiva.

Aprovado, o programa seria a maior mudança em 40 anos dentro do sistema nacional de cuidados médicos, e traz ideias propostas por administrações democratas desde a época de Harry Truman.

No meio da pressão dos partidários de Obama para apresentar a lei antes de 2010, os republicanos preparam-se para fazer obstáculo ao projeto, convocando o apoio de conservadores em ambas bancadas.

"O Congresso não vai cumprir o prazo estabelecido pela Casa Branca para referendar em 2009 a reforma nacional do sistema de saúde", concluiu um senador democrata.

"Muito provavelmente não poderemos honrar a meta do presidente Obama com respeito a um projeto de lei sobre o seguro de saúde, pronosticou Dick Durbin", parlamentar pelo Estado de Illinois.

Durbin acredita que uma versão do programa só sairá em dezembro próximo.

"Se o Senado conseguir cumprir os prazos, a proposta ainda terá de passar por uma conferência bicameral que deve fazer concordar as propostas das duas câmaras do Capitólio", apontou Durbin.

O plano custaria 894 bilhões de dólares em 10 anos e estenderia a cobertura a pelo menos 36 milhões de desabrigados, ainda que os estadunidenses sem plano de saúde cheguem a 47 milhões.

Fonte: Prensa Latina