PCdoB presente em evento do movimento dos atingidos por barragens

O MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, realizou na terça-feira, 22, uma confraternização de final de ano, que contou com a participação de cerca de 300 pessoas entre integrantes do movimento e convidados. O encontro foi realizado em um balneário no município de Barão de Cotegipe.

Este encontro também serviu para estreitar laços entre o MAB e o PCdoB de toda a região norte do Estado. Estiveram presentes neste encontro o vereador do PCdoB de Passo Fundo, Juliano Roso; o Presidente do partido em Erechim, Fernando Barp; e Júlio César Gonçalves, do MNLM – Movimento Nacional de Luta por Moradia. A confraternização também contou com a presença de integrantes do MST, Via Campesina, MPA, Fetrafsul e MMC, dos três estados do sul, RS, SC e PR.

O vereador Juliano Roso, explica que além de confraternização, o encontro também serviu para todos conhecerem com maior profundidade o trabalho que vem sendo realizado pelo MAB, bem como, colocar o PCdoB à disposição do movimento em futuras lutas. Ficou acertado que tanto PCdoB como MAB irão intensificar os trabalhos em Erechim, onde através do MPU – Movimento Popular Urbano se busca melhores condições de moradia, saúde, educação e outros.

Conheça o MAB

A história dos atingidos por barragens no Brasil tem sido marcada pela resistência na terra, luta pela natureza preservada e pela construção de um Projeto Popular para o Brasil que contemple uma nova Política Energética justa, participativa, democrática e que atenda aos anseios das populações atingidas, de forma que estas tenham participação nas decisões sobre o processo de construção de barragens, seu destino e o do meio ambiente.

Na década de 70, foi intensificado no Brasil o modelo de geração de energia a partir de grandes barragens. Usinas Hidrelétricas são construídas em todo o país. Projetos “faraônicos” são levados adiante com o objetivo principal de gerar eletricidade para as indústrias que consomem muita energia chamadas de eletro-intensivas e para a crescente economia nacional, que passava pelo chamado “milagre econômico”, durante a ditadura militar.

Estas grandes obras desalojaram milhares de pessoas de suas terras. Uma enorme massa de trabalhadores que perderam suas casas, terras e o seu trabalho. Muitos acabaram sem-terra, outros tantos foram morar nas periferias das grandes cidades. Desta realidade surge a necessidade da organização e da luta dos atingidos por barragens no Brasil, como forma de resistir ao modelo imposto.

Maurício Paim