Sem categoria

‘Caixa de Pandora’ tira Paulo Octávio da disputa eleitoral no DF

O esquema de corrupção denunciado na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, tirou da disputa eleitoral deste ano no Distrito Federal também o vice governador Paulo Octávio (DEM). Após 15 dias de férias, ele anunciou, nesta segunda-feira (18), por meio de sua assessoria de imprensa, que não será candidato a governador nas próximas eleições, mas continuará na vida pública.

Ele estava sendo apontado como provável sucessor do atual governador José Roberto Arruda (ex-DEM), depois que este foi denunciado no esquema de corrupção. Ameaçado de expulsão, Arruda pediu desligamento do DEM e está sem partido.

Os recursos para pagamento de propina viriam de empresas que prestam serviço ao governo do Distrito Federal. Além do governador e do vice, deputados distritais da base do governo eram beneficiários do esquema.

Dono de uma das maiores imobiliárias de Brasília, o vice-governador é acusado de provocar um rombo de R$27 milhões aos cofres da Caixa Econômica Federal (CEF). Também existem denúncias de que as emissoras de rádio de sua prorpiedade – JK FM, Gama Super Rádio, retransmissora da Globo AM, e Mix FM – receberam ao menos R$5,8 milhões entre 2007 e 2009 para fazer propaganda, com verbas repassadas por empresas que venceram licitações do governo.

Inquérito da Operação Caixa de Pandora, comandado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), aponta Arruda como suposto chefe de um esquema de arrecadação de propina entre empresas contratadas pelo governo local. O vice-governador Paulo Octávio também é citado no inquérito como um dos beneficiários do esquema.

Segundo a assessoria o vice-governador, Paulo Octávio deve se manter à frente do Diretório Regional do DEM e comandar a articulação de alianças entre seu partido e outras legendas para as eleições no Distrito Federal, disseram assessores. Ele não descarta a possibilidade de disputar outros cargos públicos.

Leia também:
Vice-governador do Distrito Federal omitiu que é dono de rádio

Investigação liga vice governador do DF a rombo de R$27 milhões