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PlayStation é caminho para o inferno capitalista, diz Hugo Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que o PlayStation, videogame da Sony, é um veneno para as crianças e que é caminho para o inferno capitalista. Falando em seu programa semanal de rádio e televisão, Alô, Presidente, Chávez convocou as companhias venezuelanas a produzir brinquedos educacionais, como bonecas com feições indígenas, para tomar o lugar de produtos capitalistas, “como a (boneca) Barbie, que não tem nada a acrescentar para a nossa cultura”.

O presidente diz ainda que “os jogos que eles chamam PlayStation são um veneno. Alguns desses jogos nos ensinam a matar. Até colocaram meu rosto em um (jogo), em que você precisa encontrar e matar Chávez”. O presidente refere-se a Mercenaries 2: World in Flames (Electronic Arts), jogo de guerra em que a pessoa é convocada a estimular uma revolução para derrubar o governo de um fictício ditador/presidente venezuelano.

Segundo Chávez, alguns jogos em que é possível bombardear cidades ou arremessar explosivos são vendidos em países capitalistas para estimular a violência para que “eles (o governo americano) possam vender armas”. “Eles promovem que é preciso consumir cigarros, drogas e álcool para que, então, possam vender. É o capitalismo, o caminho para o inferno.”

Não é a primeira vez que Chavez protesta contra jogos eletrônicos. O presidente da Venezuela já acusou a Nintendo, fabricante dos atuais sistemas de videogame DS e Wii, de promover o “egoísmo, individualismo e violência”.

Jogos fora-da-lei

Em agosto de 2009, o partido Patria Para Todos (PPT) enviou para apreciação da Assembleia Nacional (equivalente ao Congresso brasileiro) uma proposta de lei que prevê punições e prisão de três a cinco anos para quem alugar, distribuir, fabricar, importar, vender ou estimular o uso de jogos eletrônicos considerados violentos (portanto inadequados). A lei ainda proíbe jogos eletrônicos e brinquedos violentos na Venezuela.

O governo venezuelano considera jogo violento “aquele que possa vir a influenciar o comportamento dos jovens de forma negativa, potencializando a violência”. A chamada Lei para a Proibição de Videojogos e Joguetes Bélicos proíbe não somente jogos de guerra considerados violentos — mas também brinquedos que sejam parecidos com armas de verdade. A lei passa a vigorar no final de janeiro de 2010.

Para que os comerciantes não corram risco de serem multados ou mesmo presos, recomenda-se que joguem fora esses produtos. Não haverá punição a quem, voluntariamente, se desfizer desses produtos agora considerados inadequados. A lei prevê que as autoridades poderão recolher todos os jogos eletrônicos e brinquedos considerados inadequados.

Da Redação, com agências