Sem categoria

Militar uruguaio alega mal-estar para evitar extradição

O major uruguaio Manuel Juan Cordeiro que está no Brasil e deveria ter sido extraditado nesta terça-feira (19) para a Argentina alegou sofrer de um mal súbito, supostamente cardíaco, no exato momento em que os policiais federais chegaram a sua residência, na cidade gaúcha de Sant'ana do Livramento. Autoridades argentinas ofereceram suporte hospitalar ao militar, mas a extradição não foi realizada.

Acusado de violação dos direitos humanos e de ter participado da Operação Condor que perseguiu e capturou opositores a diversas ditaduras sul-americanas, o major encontra-se internado na Casa de Saúde da cidade, a pedido de seu médico particular, o cardiologista Leandro Tholozan.

Segundo o Ministério da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal foi mobilizada para enviar uma ambulância com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e um médico para fazer o diagnóstico e, se necessário, transportar o major para um hospital de maior porte.

O critério para escolha do hospital para onde ele será removido será de acordo com o tratamento necessário, a ser definido pela equipe médica, disse o delegado federal Alessandro Maciel Lopes que também confirmou a intenção das autoridades argentinas em dar suporte. Há ainda a possibilidade de o militar uruguaio ser enviado a um hospital de Porto Alegre.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), ele já estava em prisão domiciliar por motivos de saúde. Até o momento em que ele nos recebeu, parecia estar bem. Mas logo em seguida queixou-se de falta de ar e de dor no peito, disse nesta quarta-feira o delegado à Agência Brasil.

Ele demonstrou reações físicas que só um médico poderia avaliar. Como tem 70 anos e mais de uma ponte de safena no coração, tivemos de adotar todo o cuidado para evitar maiores problemas, completou.

Fonte: Agência Brasil

Leia também:
Militar envolvido na Operação Condor tenta suspender extradição