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Lei no Rio manda acabar com sacolas plásticas até 2012

Uma lei no Rio, aprovada em julho do ano passado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), obriga os estabelecimentos comerciais do Estado a trocarem até 2012 as sacolas plásticas por bolsas feitas de material reciclável. Quem não cumprir a regra, está sujeito a multas que podem chegar a R$ 10 mil por cada infração.


Um plástico leva cerca de 400 anos para se decompor no meio ambiente

Além do Rio, governos de quatro Estados adotaram leis contra o uso de sacolas plásticas [Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco e Paraná].

Em contrapartida, a Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos) incentiva o uso de sacolas plásticas, mas de forma consciente, sem desperdício, e recomenda que os consumidores exijam sacolas mais resistentes para evitar o abuso.

Outras sugestões do site da instituição incentivam a reutilizar os sacos de várias formas: como bolsa de gelo, capa de chuva, proteção de sapatos, vedar janelas quebradas, colocar lixo doméstico. O Instituto também defende a coleta seletiva de lixo.

Redução no país foi de apenas 2%

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou no ano passado a redução de 280 milhões de sacolas plásticas no país, resultado dos seis meses da campanha do governo “Saco é um saco”,cujo objetivo é incentivar os consumidores a carregar suas compras em sacolas feitas de material reciclável.

O número parece alto, mas corresponde a apenas 2% do total de 14 bilhões de sacolinhas plásticas utilizadas por ano no país. Para o Ministério do Meio Ambiente, a quantidade não desanima porque a meta da campanha era conscientizar os consumidores e, sendo assim, cumpriu seu objetivo.

Nos últimos anos, as sacolas plásticas viraram vilãs do meio ambiente porque poluem e não podem ser recicladas. Muitas delas acabam indo parar nos lixões, córregos, ajudam a agravar os problemas de enchentes nas cidades e chegam até a causar a morte de animais marinhos.

A coordenadora técnica da campanha do ministério, Fernanda Altoé Daltro, disse que a estimativa é que 100 mil animais morram por ano engasgados com sacolas plásticas ou presos nelas (veja fotos da campanha).

– As tartarugas marinhas adoram comer água-viva, que são muito parecidas com sacos plásticos e acabam morrendo engasgadas.

Ricardo Oliani, coordenador do Instituto Akatu, ONG que trabalha pelo consumo consciente] propõe alternativas às sacolas plásticas, como usar caixas de papel para carregar compras de supermercado ou reutilizar a mesma sacolinha para evitar danos ao meio ambiente.

– Nas enchentes, as pessoas devem pensar: eu também fui responsável de alguma forma por isso, joguei um saquinho em algum momento por aí.

Fonte: R7