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RJ ainda não divulgou laudo sobre desastre ambiental

Já pode chegar a 78 toneladas o volume de peixes mortos na Lagoa Rodrigues de Freitas, Zona Sul do Rio, um dos principais cartões postais da cidade, conhecida mundialmente como ‘Cidade Maravilhosa’, e que completou 445 anos nesta segunda-feira (1º/3). As causas do desastre ambiental ainda estão sendo investigadas.

A Secretaria Estadual do Ambiente informou que o acidente, ocorrido na sexta-feira (26/2), pode ter sido causado pelo aumento de uma espécie de alga existente na água. O laudo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) só deve sair terça-feira (2). Ambientalistas questionam os motivos da tragédia.

Desde sexta-feira, mais de 100 garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) trabalham dia e noite recolhendo os peixes mortos das margens e do espelho d'água, que ficou completamente coberto e exalando forte mau cheiro.

Segundo Marilene Ramos, secretária estadual de Ambiente, as variações de temperatura podem ter contribuído para proliferação dessa espécie de alga, ainda não identificada. O monitoramento da lagoa indicou que houve queda de oxigenação das águas.

Para o biólogo Mário Moscatelli esse é o pior acidente com peixes na Lagoa desde 2002. Ele acredita que o problema esteja ligado ao despejo de esgoto por causa do rompimento de uma tubulação na Praia do Leblon, mas o governo descarta essa hipótese.

O biólogo Moscatelli fez uma denúncia formal ao Ministério Público e a promotora do Meio Ambiente Rosaní Cunha informou que vai notificar o Inea, a Companhia Estadual de Abastecimento de Água e Esgoto (Cedae) e a Rio-Águas a fim de prestarem esclarecimentos sobre as possíveis causas do problema.

Com informações do Brasília Confidencial