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Henrique Meirelles é alvo de ação da Procuradoria-geral

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu pedido de abertura de inquérito contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por suposto crime contra ordem tributária.

O pedido de autorização para a investigação, feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chegou ao STF no último no dia 4 de março e foi encaminhado para o relator, ministro Joaquim Barbosa.

Como Meirelles é ministro de Estado, o pedido de abertura de inquérito, com 105 páginas, foi enviado ao STF. O tribunal não informou o teor do documento.

A assessoria de imprensa do BC informou que ainda não tem conhecimento do pedido de abertura de inquérito e por isso não comentou o assunto.

De acordo com investigações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF), o presidente do BC é suspeito de evasão de divisas, crime eleitoral e sonegação fiscal.

Sem chances de ser vice

Henrique Meirelles se filiou recentemente ao PMDB e é cotado para ser vice na chapa presidencial encabeçada pela ministra Dilma Rousseff (PT), além de ser citado como postulante para o governo de Goiás ou para o Senado.

Mas seu partido, o PMDB, não vê com bons olhos as pretensões eleitores de Meirelles, especialmente seu flerte com a possibilidade de ser vice na chapa governista.

Caciques do PMDB não veem em Meirelles um nome que representaria o partido em uma eventual coalizão com os petistas pelo fato de o presidente do BC ter se filiado à legenda apenas em setembro do ano passado. Em 2002, Meirelles foi eleito deputado federal pelo PSDB, mas, para assumir o BC no início de 2003, desistiu do mandato e deixou a sigla.

"O PMDB hoje tem um candidato único a apresentar à ministra Dilma caso se consolide essa aliança: é o nome de Michel Temer (SP) […] Esse é o meu sentimento, mas será uma decisão soberana da convenção (do partido)", disse o líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).

As convenções partidárias que formalizarão as alianças e as chapas para as eleições serão realizadas em junho. Se quiser disputar as eleições de outubro, Meirelles terá de deixar o comando da autoridade monetária até o início de abril.

A opção que teria mais apoio dos peemedebistas neste momento seria concorrer ao Senado por Goiás, já que tentar o governo estadual foi praticamente descartado.

Fonte: R7