George Braga rebate críticas da oposição

“As afirmações são vazias e demonstram uma grande desinformação sobre o assunto”, afirmou nesta quinta-feira (18) o secretário estadual de Esportes, George Braga, ao rebater denúncias de parlamentares da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Estado sobre supostas irregularidades na execução das obras para a Copa 2014.

“A oposição precisa ser mais responsável em suas colocações até mesmo para não confundir a população”, disse. Quanto à audiência pública anunciada pela bancada oposicionista, o secretário foi enfático: “Estamos tranquilos. O governo tem interesse de que a audiência seja realizada para derrubar por terra esses argumentos vazios e sem sentido.”

O secretário afirmou ainda estranhar o fato de que essas questões estejam sendo levantadas neste momento, uma vez que o projeto já vem sendo discutido pelo Governo do Estado desde o seu lançamento em 2009. “Nós já falamos muito sobre isso. O projeto foi debatido, inclusive, no início desta semana durante a Rodada Nacional de Debates Rumo à Copa 2014 realizada pelo Ministério do Esporte, no Recife”, ressaltou.

George Braga explicou ainda os motivos do não aproveitamento dos estádios do Arruda, Ilha do Retiro e dos Aflitos, no Recife, e do estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, para a realização dos jogos da Copa em Pernambuco. “Nenhum deles atende às exigências técnicas da Fifa, cujos representantes chegaram a visitar os espaços. Além disso, fizemos estudos criteriosos sobre as condições dessas praças e concluímos que não era possível adequá-las às exigências da federação internacional. Quanto ao Arruda, trata-se de propriedade privada, o que exigiria sua desapropriação pelo Estado”, disse. O secretário lembrou ainda que “não há precedentes de adequação de estádios para os jogos da Copa do Mundo” e citou como exemplo a situação do estádio da Fonte Nova, em Salvador, que será demolido.

LICITAÇÃO DAS OBRAS

O secretário estadual de Esportes também descartou a possibilidade de atraso nas obras do estádio em virtude da existência de problemas legais e ambientais, bem como a suposta dificuldade do Governo do Estado em encontrar parceiros privados. “O processo está em curso. Na próxima segunda-feira (22), às 10h, serão abertas as propostas das 22 empresas que se habilitaram à licitação das obras. Dessas 22 empresas, 19 já foram conhecer o local onde será construído o complexo da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, o que demonstra o interesse despertado pelo empreendimento”.

Sobre a exigência do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), George Braga disse que as obras do estádio estão dispensadas do estudo porque vão ocupar uma área de 50 hectares. “A exigência do EIA-RIMA é feita para obras em áreas com mais de 100 hectares”, explicou, adiantando que a licença de construção da praça de futebol já foi concedida. “O que está em andamento é a atualização da licença ambiental do projeto da Cidade da Copa, que é um empreendimento diferenciado do estádio e cuja conclusão total está prevista para 2020”.

DESENVOLVIMENTO

George Braga destacou ainda o impacto do projeto no desenvolvimento de São Lourenço da Mata, bem como nos diversos municípios localizados em seu entorno, em virtude dos investimentos financeiros que serão feitos no projeto. “A Cidade da Copa terá um investimento de 1,6 bilhão, dos quais R$ 500 milhões serão investidos na construção do estádio. Já as intervenções na malha rodoviária e nos serviços de transporte coletivo terão investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão, aí incluído a requalificação dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste, da Avenida Caxangá, Estrada da Batalha, BR-408, além da construção da nova estação do metrô no trecho Timbi/TIP”, afirmou.

O secretário ressaltou o legado que o evento mundial deixará para Pernambuco. “È preciso pensar a Copa do Mundo como uma oportunidade de se ir além do evento esportivo em si. Sua realização vai acelerar o desenvolvimento em Pernambuco, viabilizando a execução de várias intervenções que provavelmente levariam mais tempo para serem realizadas. Esse é o legado positivo do projeto. É isso que ficará para Pernambuco: Obras estruturadoras que vão mudar a paisagem urbana e a vida da população”.

Por: Aldiceia Rodrigues