Órgãos cobram segurança para preso

Diante das ameaças de morte sofridas no hospital pelo preso Jackson Michael da Silva, 22 anos, acusado de ter matado o soldado PM José Nelson Fernandes, 36, no último dia 05, o coordenador de defesa dos direitos humanos do Estado, Marcos Dionísio, afirma que, em conjunto com vários promotores, tem cobrado da polícia a segurança do acusado. "É um dever do Estado manter a integridade física do preso".

Marcos Dionísio diz que, desde o início do caso, a Coordenadoria de Defesa dos Direitos Humanos e o Ministério Público têm acompanhado as investigações e monitorado o trabalho de proteção da polícia, para que seja mantida a integridade de Jackson.

O comandante das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), capitão Marlo de Góis, reponsável pela guarda do preso, garante que há um forte esquema de segurança. Segundo ele, no hospital em que se recupera o acusado, nenhuma pessoa além de familiares que ele mesmo tenha indicado, policiais ligados à investigação do caso ou da Rocam, podem visitá-lo.

Jackson foi preso sob a acusação de ter matado José Nelson enquanto esse fazia uma abordagem na sua casa, no loteamento Dom Pedro I, Zona Norte, suspeita de ser um ponto de venda de drogas. Ele foi baleado após trocar tiros com os demais policiais da viatura que fazia a abordagem. Seu enteado, um adolescente de 16 anos, também foi atingido durante o tiroteio. Oito horas depois, a mulher de Jackson, Francisa Lúcia Lopes Dantas, 32, foi executada ao deixar a delegacia de plantão da Zona Norte.

A suspeita quanto a esse último crime, segundo a polícia, moradores e familiares da vítima, recai sobre PMs. De acordo com suspeitas do delegado Maurílio Pinto de Medeiros, da Delegacia Especializada em Capturas, os policiais teriam ido à comunidade extorquir dinheiro de Jackson. (PS) .
 

Jornal Diário de Natal