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Mujica quer usar reservas para financiar escolas e ferrovias

O presidente do Uruguai, Jose Mujica, propôs usar parte das reservas do Banco Central para construir escolas e melhorar a rede ferroviária do país. Ao mesmo tempo, ele foi cauteloso: “Não devemos correr o risco de descapitalizar nosso Banco Central”, disse Mujica em seu programa de rádio Habla Presidente (Fala Presidente).

O presidente do Uruguai, Jose Mujica, propôs usar parte das reservas do Banco Central para construir escolas e melhorar a rede ferroviária do país. Ao mesmo tempo, ele foi cauteloso: “Não devemos correr o risco de descapitalizar nosso Banco Central”, disse Mujica em seu programa de rádio Habla Presidente (Fala Presidente).

A proposta abriu um debate no Uruguai, cujo Banco Central, a exemplo do argentino, acumulou um excedente de reservas. Economistas de várias tendências concordam que existe margem para investir parte das reservas, mas acham que é preciso realizar estudos econômicos e legais antes de tomar qualquer decisão.

Na vizinha Argentina, a decisão da presidente Cristina Kircher de usar US$ 6,5 bilhões das reservas do Banco Central para pagar os vencimentos da dívida pública deste ano, provocou uma crise institucional. Segundo o governo, é melhor usar os excedentes para pagar os credores do que pedir novos empréstimos, a taxas de juros altas. Mas a oposição questionou a forma como a presidente tentou impor sua decisão por decreto, em vez de negociar uma lei no Congresso, e recorreu à Justiça.

Ao lançar sua proposta de utilizar as reservas, Mujica explicou que não atuará por conta própria. Há uma semana, o presidente do Banco Central do Uruguai, Mario Bergara, anunciou que mandou realizar estudo para determinar o nível ideal de reservas que precisa para “ter certa salvaguarda em caso de desastres financeiros ou econômicos”. Se houver dinheiro sobrando, o governo determinará o que fazer.

O Banco Central do Uruguai tem US$ 8 bilhões de reservas internacionais, mas existem limites à quantidade que o governo poderá usar, se necessário.

Fonte: Agência Brasil