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Jô Moraes diz que oposição ataca Dilma no que ela tem de melhor

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) saiu em defesa da ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, que causou alvoroço em alguns setores da oposição, após declarar, em São Bernardo (SP), no último sábado, o seguinte: “Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta”. O trecho foi interpretado como uma crítica aos exilados na época da ditadura. Para a deputada mineira, os ataques são despropositados.

“A quem interessa criar interpretações falsas sobre as minhas palavras? Não importa, a verdade se impõe.Vou seguir em frente”, respondeu a ex-ministra em seu Twitter.

“Quero dizer que me estranha, num momento deste, de plena democracia no país, que setores da sociedade combatam o Plano Nacional de Direitos Humanos, que setores da oposição critiquem a comissão da Verdade, e que setores de pouco compromisso com a verdade ataquem a ex-ministra Dilma Rousseff naquilo que sua história tem de mais sagrado, que é a resistência à ditadura”, discursou nesta terça (13) Jô Moraes.

A deputada mineira aproveitou para destacar os 28 anos do início de um dos maiores movimentos de resistência à ditadura, a Guerrilha do Araguaia, comemorados na última segunda (12). “Quero prestar homenagem a todos aqueles que deram o melhor da sua juventude, o melhor dos seus sonhos, da sua alegria, para que a democracia se instalasse neste país”, disse a parlamentar.

Nota na íntegra

Além do Twitter, a pré-candidata divulgou nota para explicar que usaram sua declaração em outro contexto. Confira:

Dilma não foge da luta nem critica exilados

Ao discursar sábado, em encontro no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, a ex-ministra Dilma Rousseff, ao enumerar os princípios que norteiam sua conduta ética e política, disse, textualmente:

“Eu não fujo da situação quando ela fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Eu posso apanhar, sofrer, ser maltratada, como já fui, mas eu estou sempre firme com as minhas convicções. Em cada época da minha vida eu fiz o que fiz porque acreditei no que fazia. Fiz com o coração, com a minha alma e minha paixão. Eu só mudei quando o Brasil mudou, mas eu nunca fugi da luta ou me submeti. E, sobretudo, nunca abandonei o barco.”

É, portanto, totalmente equivocada a interpretação, difundida hoje por vários veículos de comunicação, de que ela tenha feito qualquer referência a brasileiros que tiveram que se exilar do país durante a ditadura militar.

Hoje pela manhã, Dilma mencionou o assunto em seu recém-criado twitter (@dilmabr): “De onde tiraram que fugir da luta é se exilar? O exílio significou a diferença entre a vida e a morte para os exilados brasileiros. Grandes amigos meus, corajosos e valorosos, só tiveram uma saída na ditadura, se exilar. Querer dizer que eu os critiquei só pode ser má fé.”

Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia