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Diante da ação patronal, cresce mobilização a favor das 40 horas

O setor empresarial voltou a investir na Câmara dos Deputados contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho das atuais 44 horas semanais para 40 horas. Reunidos nesta quarta (14) com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), representantes do setor varejista alegaram que a medida não vai gerar emprego. Em contrapartida, as principais lideranças sindicais do país dizem que vão redobrar a mobilização para que a matéria entre em pauta.

Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, a ação dos empresários precisa ser respondida com uma mobilização “100 vezes” maior por parte dos trabalhadores. Ele diz que é justamente o que o movimento debate no momento.

Segundo ele, o setor empresarial precisa se conscientizar de que a redução da jornada, ao contrário do que se fala, cria emprego e ajuda a aquecer a economia. Wagner diz que a insistência dos patrões em não reduzir a jornada não tem base econômica.

“Temos notícias de que se o presidente Michel Temer colocar em votação a matéria ela será aprovada. Por isso, nós estamos preparando uma grande pressão para que ele coloque a matéria em votação e deixe o Congresso resolver essa importante questão para o Brasil”, argumentou o presidente da CTB.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT-SP), disse que os empresários vêm pressionando os parlamentares para não votarem a PEC, sob o argumento de que a matéria deve ser negociada entre capital e trabalho e jamais regulamentada por lei ou pela Constituição. “No entanto, nós trabalhadores – de diferentes categorias – entregamos a pauta em meados de março e os patrões não marcaram as negociações", disse ele por meio de nota.

Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia

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