Carrion comemora Dia do Trabalhador

O deputado Raul Carrion(PCdoB)participou das atividades em comemoração ao 1º de maio, Dia do Trabalhador, em Alvorada.

Na ocasião, Carrion participou da inauguração do Marco do Trabalhador, localizado na praça Leonel de Moura Brizola e da entrega dos troféus e medalhas aos vencedores do torneio de futebol realizado pela liga municipal de esportes.

Segundo o secretário de esporte e juventude de Alvorada, Nelson Flores, as atividades esportivas intensificam as comemorações no município.

Em abril de 2009 o plenário da Assembleia Legislativa aprovou com 49 votos favoráveis e nenhum contrário, o PR 11/2008, de autoria do deputado Raul Carrion (PCdoB), que altera na redação da lei do 1º de maio a denominação Dia do Trabalho para Dia Internacional dos Trabalhadores. O parlamentar comunista justificou a mudança, por acreditar na enorme diferença na interpretação e na caracterização da data, como dia simbólico na luta dos trabalhadores e não no seu “adestramento.

“O verdadeiro significado da data é homenagear os trabalhadores, verdadeiros artífices do progresso econômico das nações, e sua constante luta por sobrevivência e melhores condições de vida” ressalta Carrion.

História
Em 1886, a cidade de Chicago, um dos principais pólos indústrias dos Estados Unidos, foi palco de importantes manifestações operárias. A ebulição atingiu seu auge no dia 1º de maio, quando iniciou-se uma greve por melhores salários e condições de trabalho, tendo como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.

Os jornais a serviço das classes dominantes imediatamente se manifestaram afirmando que os líderes operários eram cafajestes, preguiçosos e canalhas. No dia 3 de maio a greve ainda continuava e na frente de uma das fábricas foram mortos pela polícia seis operários, em ação repressiva que deixou ainda 50 feridos e centenas de presos. No dia 4, durante manifestação de protesto, os grevistas foram atacados por 180 policiais, que ocasionaram a morte de centenas de pessoas.

Foi decretado “Estado de Sítio” e a proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas e residências de operários foram invadidas e saqueadas. Os principais líderes do movimento grevista foram condenados à morte na forca. Spies, Parsons, Engel e Fisher foram executados no dia 11 de novembro de 1886, enquanto que Lingg, também condenado, suicidou-se.

Em 1891, no 2º Congresso da Segunda Internacional, realizado em Bruxelas, em homenagens aos operários que tombaram naquele movimento histórico, foi aprovada resolução que estabeleceu o 1º de maio, como um “dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade”.

Brasil
No Brasil, as comemorações do 1º de maio também sempre estiveram relacionadas à luta por melhores salários e pela redução da jornada. A primeira manifestação registrada ocorreu em Santos, em 1895. A data foi consolidada por meio de um decreto presidencial, que estabeleceu o 1º de maio como feriado nacional, em 1925. A data ganhou status de "dia oficial", quando Getúlio Vargas era Presidente da República. Ele aproveitou o dia para anunciar, em anos diferentes – fruto de intensas lutas dos trabalhadores – os reajustes de salários mínimos, a redução da jornada e, em 1º de maio de 1942, sua obra maior, o Decreto-Lei nº 5.452 que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho.

As comemorações e o feriado do dia 1º de maio acabaram por consolidar-se no mundo inteiro. “Contudo as elites jamais aceitaram pacificamente este fato. Não podendo impedir o simbolismo do evento, passaram a tentar desvirtuá-lo. Assim, desde o início do século os meios de comunicação praticam constante bombardeamento ideológico, na tentativa de descaracterizar a data, mencionando o dia 1º de maio como dia do trabalho ao invés de dia internacional dos trabalhadores, o que faz enorme diferença na interpretação e na caracterização da data, instituída como dia simbólico da luta dos trabalhadores e não de seu “adestramento”, como quer a classe patronal”, afirma Carrion.