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Câmara pede investigação sobre denúncias de tortura em Brasília

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara enviou ofício ao procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Azeredo Bandarra, pedindo informações sobre denúncias de tortura na 1ª Delegacia de Brasília durante as investigações do assassinato de três pessoas em Brasília em agosto do ano passado.

No triplo assassinato, ainda não esclarecido, foram mortos o ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela; e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva.

Segundo a presidente da comissão, deputada Iriny Lopes (PT-ES), caso seja confirmada a tortura de Alex Soares – suspeito no início das investigações de estar envolvido no crime –, será encaminhado pedido de providências urgente para apuração dos responsáveis ao comando da Polícia Civil e ao governo do DF.

"Tortura é um crime com o qual não podemos concordar, principalmente se é utilizado para confirmar envolvimento em crimes. Queremos punição para o responsável pelos crimes contra a família Villela, mas não com o uso de instrumentos de tortura."

Proteção às vitimas

Além da apuração e o acompanhamento das investigações, a Comissão de Direitos Humanos também solicitou proteção às supostas vítimas de tortura. A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) afirma que é preciso dar proteção a Alex Soares e Cláudio José de Azevedo Brandão, que, segundo as denúncias, também teria sido torturado, enquanto esteve detido na 1ª Delegacia de Brasília no fim de abril.

A Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal abriu investigação para apurar as denúncias de tortura dos dois presos. O órgão também apura a conduta da delegada Martha Vargas, responsável pelas investigações do caso na época. Ela foi exonerada do cargo por supostas falhas na investigação.

Com Agência Câmara