Intransigência israelense ameaça acordo de paz

De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, durante a primeira rodada as conversas haviam avançado e ambos os lados mostravam disposição em negociar. Mas, segundo autoridades palestinas, a notícia da retomada das construções do assentamento pode ameaçar a retomada das negociações de paz.

As negociações intermediadas pelos Estados Unidos estavam suspensas desde dezembro de 2009 em função do sistemático descumprimento de acordos anteriores, pelo Estado de Israel. Há mais de dois anos não ocorrem conversações diretas entre a Autoridade Nacional Palestina e o governo israelense. Além de Israel rejeitar o reconhecimento da criação do Estado palestino, nos últimos meses o Estado sionista intensificou a política de construção de assentamentos em território palestino. O local em que se prevê a construção do assentamento israelense Shlomo Ramat é ocupado basicamente por árabes na cidade que é de fato e de direito a sua capital. Israel tem a intenção de construir 1,6 mil casas para colonos israelenses no local.

Em meados de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na região. Lula conversou com autoridades palestinas e israelenses e colocou-se à disposição para colaborar com as articulações em torno de um acordo.

Apesar de incorporar uma retórica de paz, a mediação norte-americana deixa sob suspeita as reais intenções dos EUA. Além de adotarem um posicionamento declaradamente favorável a Israel, o pretexto de democratizar o Oriente Médio é utilizado como instrumento de domínio sobre esta importante região, rica em recursos energéticos.

Da Redação, com Agências