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 Zelaya busca, na região, apoio para acordo político em Honduras

 O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya deve seguir nesta terça-feira (11) para a Venezuela depois de iniciar ontem, pelo Equador, uma série de visitas aos presidentes sul-americanos. O objetivo é entregar uma proposta de acordo político para o "restabelecimento da democracia e da reconciliação nacional" em seu país. As informações são da agência oficial de notícias do Equador.

 Ontem, durante encontro com o presidente equatoriano, Rafael Correa, em Quito, Zelaya disse que espera a volta de Honduras ao "concerto das nações, cumprindo uma agenda de respeito aos direitos humanos que estão sendo violados" em seu país. O ex-presidente quer garantias constitucionais do governo do presidente Porfirio 'Pepe' Lobo para que ele e outros exilados possam retornar a Honduras com seus direitos civis e políticos.

Manuel Zelaya foi deposto no dia 28 de junho de 2009 por ordem da Justiça e do Congresso hondurenhos. O então presidente foi retirado de sua casa por um grupo de militares e deportado para a Costa Rica.

O presidente do Congresso, Roberto Micheletti, assumiu o governo interinamente. Porfírio Lobo chegou ao poder no dia 28 de janeiro de 2010, depois de eleição reconhecida pelo Congresso hondurenho, mas considerada ilegítima por vários países, principalmente sul-americanos.

Ontem, durante conversa com o presidente do Equador, Zelaya disse que está pedindo liberdade democrática para que os hondurenhos possam opinar. "O cidadão que não estiver de acordo com o governo instalado em Honduras após o golpe de Estado deve manifestar sua opinião sem que seja perseguido ou assassinado". Segundo Zelaya, Rafael Correa prometeu conversar com os demais presidentes sul-americanos para conversar sobre o assunto.

No último dia 3 de maio, em Buenos Aires, durante entrevista coletiva logo após o encerramento de encontro da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Correa disse que a entidade sentiu grande mal-estar ao tomar conhecimento de que Porfírio Lobo foi convidado para participar da 6ª Cúpula da América Latina, Caribe e União Europeia, marcada para o próximo dia 17, em Madri, a capital espanhola. Segundo Correa, a Unasul não reconhece o governo hondurenho. Ontem, Porfirio Lobo confirmou que participará apenas do último dia da cúpula europeia.

Durante a reunião da Unasul, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Rafael Correa, Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) foram contrários à presença do atual presidente de Honduras nas discussões em Madri. Eles ameaçaram não participar dos debates se Porfirio Lobo estiver presente.

Com Agência Brasil