Eron recebe integrantes de religiões de matrizes africanas

Integrantes de religiões de matrizes africanas e ameríndias foram recebidos hoje na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) pelo deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB) em sessão especial. Durante a sessão o deputado trouxe para debate temas relacionados ao preconceito, intolerância religiosa e falta de políticas públicas para os negros, em Manaus.

A sessão foi também realizada em homenagem ao ‘Dia das Religiões de Matrizes Africanas’ comemorado no dia 13 de maio. A data foi instituída municipalmente após aprovação da Lei 13 de Maio, de autoria, na época, da vereadora Lúcia Antony (PCdoB).

Participaram da sessão o coordenador da Coordenação Amazonense das Religiões de Matrizes Africanas e Ameríndias (Carmaa), Alberto Jorge, o coordenador geral da União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO), Emannuel Medeiros, o presidente da Associação dos Terreiros de Umbanda do Estado do Amazonas, André Pinheiro, o representante da Federação Nacional da Religião Afro Brasileira (FENARAB), Belmiro de Olossé, além de integrantes das religiões de Umbanda, Candomblé e Tambor de Minas.

Segundo Eron Bezerra, é preciso respeitar todas as formas de manifestação cultural, religiosa e social. O parlamentar destacou a importância de se discutir ações e políticas públicas que ajudem a melhorar a vida dos negros no Estado. “Ao longo dos anos os negros têm sido vítimas de preconceito e não encontram espaço e apoio para tratar de ações que impeçam a disseminação da intolerância”, ressalta.

Um dos pontos destacados pelos líderes das religiões de matrizes africanas e ameríndias em discurso no plenário está ligado a intolerância religiosa. De acordo com o presidente da Carmaa, Alberto Jorge, os integrantes das religiões africanas, como o Candomblé, destacado por ele, sofrem perseguições de pessoas ligadas a outras religiões. “Somos vítimas de pessoas que impendem que nossos irmãos da umbanda, do candomblé e outras religiões africanas façam suas manifestações religiosas”, reclama.

O presidente da Carmaa destaca ainda a dificuldade de se criar um diálogo com os gestores públicos e a sociedade para combater o preconceito ao negro e as religiões africanas. “Se esta casa (assembleia) abre, hoje, esse espaço para que os negros exponham os problemas enfrentados nesta sociedade intolerante é graças à postura do deputado Eron que nos apóia e luta pela mesma bandeira que os grupos aqui presentes”, reforça.

Lúcia Antony, em discurso, destacou a importância de se discutir a liberdade religiosa. “Dentro das ações do PCdoB destacamos a luta pela igualdade social. Defendemos a liberdade democrática e religiosa”.

Manifestação

Dentro da plenária os participantes das entidades presentes tiveram espaço e liberdade para mostrarem suas manifestações religiosas. Um dos ritos religiosos apresentados foi a Roda de Umbanda, que segundo o presidente da Carmaa representa uma das manifestações mais tradicionais dos negros.

O presidente da Associação dos Terreiros de Umbanda do Estado do Amazonas, André Pinheiro, comemorou o ato. “Ser recebido sem preconceito dentro desta casa representa uma conquista para nosso povo. Queremos essa mesma liberdade dentro dos nossos terreiros e em espaços públicos, assim como outras religiões possuem esse direito e realizam eventos em espaços abertos e dentro de seus templos”, conta. 

Fonte: Assessoria de imprensa do deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB)