Lobo reitera denúncia de novo golpe em Honduras
O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, reiterou nesta quinta-feira, 10, que querem tirá-lo do poder e disse que a Procuradoria Geral do Estado "já devia ter iniciado uma investigação" há dias. Lobo afirmou na terça que possui informações de que querem derrubá-lo e disse que sabe quem são os supostos conspiradores, embora não tenha revelado as identidades. A denúncia ocorre a poucos dias de o golpe de Estado, que tirou o ex-presidente Manuel Zelaya do cargo, completar um ano.
Publicado 11/06/2010 12:46
Em suas declarações, o atual presidente enfatizou que não brinca "com os temas do Estado", em resposta a um deputado do governista Partido Nacional, que afirmou que a denúncia de Lobo seria uma brincadeira. "Quando há algo que é incorreto eu retifico, neste caso o que eu disse, disse porque é certo e não é com ânimo de gerar nenhum debate, nenhuma discussão, é para dizer àqueles que estão nessas reuniões que é melhor evitar isso. Não queremos problemas com ninguém", disse Lobo.
De acordo coma Telesur, Lobo denunció que três dirigentes de seu próprio Partido Nacional (PN) estariam orquestrando o golpe de Estado. "Querem me afetar, mas vão se complicar porque jamais se deve esquecer que para toda ação há uma reação", afirmou ele, em comunicado oficial. "Eu digo a eles que tenho todos localizados, sei quem são, tenho a informação e se equivocaram sobre mim", acrescentou Lobo.
O líder do partido União Cívica Radical, Federico Alvarez, disse estar surpreso com a notícia. "Estou sumamente surpreso por essas declarações (de Lobo). Se alguém quer dar um golpe de Estado é porque tem armas sob seu controle…e isso não é possível", afirmou. "São declarações gravíssimas porque vêm de um presidente no exercício do cargo", afirmou.
A UCD apoiou com marchas nas ruas e mobilizações populares o governo de facto de sete meses liderado pelo liberal Roberto Micheletti após a deposição do presidente Manuel Zelaya em junho de 2009. A entidade é formada por mais de 20 organizações de profissionais e empresários.
Com agências