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Venezuelano rechaça relatório sobre ataques à imprensa

O relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre os ataques contra a imprensa na Venezuela não foi bem recebido pelo embaixador do país ante a Organização de Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton.

O embaixador, além de rechaçar o informe, afirmou nesta quinta-feira (17), que tanto a CIDH quanto a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão estão subordinadas ao governo estadunidense.

De acordo com informações de Telesur, o documento em questão — apresentado pela CIDH ao Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira — aponta que, na Venezuela, a imprensa é assediada e as críticas ao governo de Hugo Chávez não são toleradas. O embaixador anunciou ontem que o Governo não vai ceder "ante a chantagem dos militantes políticos e burocratas ultradireitistas egressos da American University".

Não foi somente o relatório da Comissão que recebeu críticas de Chaderton. Na ocasião, o embaixador também repudiou os comentários de Catalina Botero, relatora especial para a Liberdade de Expressão da CIDH, quem afirmou que a situação na Venezuela poderia piorar por conta das eleições que acontecerão em setembro.

A relatora alegou que há, na Venezuela, "intimidação de jornalistas e proprietários de meios que expressam suas discrepâncias". O comentário foi motivado pela expedição de ordem de prisão contra Guillermo Zuloaga, presidente do canal de notícias Globovisión, que é investigado pelo governo venezuelano por usura.

Além de rechaçar o documento, Chaderton afirmou que os altos funcionários da CIDH são dominados pela administração dos Estados Unidos, fato que o preocupa bastante. Ele citou como exemplo a omissão do órgão "ante as graves violações da liberdade de expressão ocorridas recentemente" no país norte-americano.

"Entre os testemunhos mais relevantes, está o vídeo do assassinato a sangue frio do operador da agência Reuters no Iraque, crime cuja monstruosidade se revela na forma como se produz o metralhamento de civis inocentes e desarmados, localizados pelos assassinos desde a tela de um helicóptero como se tivesse tratando de vídeo-game", denunciou o embaixador, destacando que o testemunho "foi minimizado pela máquina de censura que funciona nesse país do norte".

Em entrevista exclusiva à Telesur, Chaderton ainda criticou a postura da CIDH que, segundo ele, não foi à Venezuela nos momentos em que o país sofria violações de direitos humanos. "No Caracazo e durante o Golpe, o silêncio aturdia, no momento em que mais necessitaram, calaram em cumplicidade com os golpistas", apontou.

Ademais, considerou que essas ações acontecem justamente em um momento eleitoral no país, marcado para o mês de setembro, para tentar desestabilizar o governo. "Não somente CIDH, mas também Human Rigth, começa a arrebentar escândalos para tratar de afetar o resultado eleitoral", acrescentou.

Fonte: Agência Adital, com informações de Telesur