Policiais suspendem a greve no DF

Em assembléia realizada na quinta-feira, 1°, os Policiais Civis decidiram pelo fim da greve no Distrito Federal. A categoria voltou às suas atividades no dia 3, após treze dias de paralisação.

Os Policiais Civis do DF pediram reajuste salarial e reestruturação da carreira que, se aprovados, entram em vigor em 2011. Na terça-feira, 29, o governador Rogério Rosso (PMDB) e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reuniram-se para tentar resolver o impasse. A decisão foi de que o próximo governador do país, que será definido em outubro deste ano, delibere se haverá ou não aumento de salário da categoria. Os funcionários da segurança pública do Distrito Federal são mantidos financeiramente pelo GDF e organizados pela União. “O presidente Lula é quem despacha os projetos para virar Lei, por tanto, é necessário o aval dele para aumentar os salários dos servidores públicos” explica Ciro Freitas, presidente em exercício do Sindicato dos Policiais Civis do DF.

“Não estamos contentes com o resultado da assembléia, mas sabemos que não é viável enviar a proposta em meio à transição governamental”, comentou Nizimar, do Sindicato dos Policiais. Os agentes propuseram um aumento total de 33%, divididos em cinco etapas: 5% em setembro de 2010; 7% em março e 7% em setembro de 2011; 7% em março e 7% em setembro de 2012. A categoria está entre as mais bem pagas do Brasil, com um salário de R$ 7.514,37.

Com a paralisação, as delegacias passaram a registrar apenas ocorrências em flagrante ou- que envolvem morte. A confecção de carteiras de identidade nas delegacias e nos postos do Na Hora foi suspensa, exceto para idosos, portadores de necessidades especiais e gestantes. Normalmente, cerca de 950 identidades são expedidas por mês nas delegacias do DF. Em dezembro e janeiro, o número chega a 1,2 mil.

Régia Vitória, de Brasília