Messias Pontes – A Rede Globo foi a 2ª maior derrotada na Copa

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A esperança da conquista do hexacampeonato mundial de futebol foi adiada por quatro anos. Infelizmente, como em 1974, paramos diante da seleção holandesa. Poderíamos até ter derrotado os holandeses, até porque no primeiro tempo ganhamos por um a zero e perdemos vários gols. Mas no segundo tempo estivemos irreconhecíveis. E a virada do adversário mostrou que a nossa seleção não era a ideal para disputar o mundial da África.

Mas se ainda lamentamos e até choramos a derrota, podemos comemorar a derrota da grande adversária dos brasileiros: a Rede Globo. A arrogância e prepotência dos seus dirigentes e dos seus amestrados, desconhecidas da maioria do nosso povo, vieram à tona e mereceu o repúdio dos milhões que viviam anestesiados. Não foi sem motivos que a campanha “cala a boca, Galvão” e “Um dia sem Globo” ganhou corações e mentes, navegou por todo o mundo e desmascarou a “Vênus Platinada”.

A relação incestuosa entre a Confederação Brasileira de Futebol e a Globo ganhou visibilidade durante a Copa do Mundo da África graças à coragem e determinação do treinador Dunga que deu um “chega pra lá” na arrogância e prepotência de Fátima Bernardes e Cia. Essa história de entrevistas exclusivas de jogadores, dirigentes e treinador o Dunga jogou na lata do lixo. Essa posição lhe custou caro, já que a Globo exigiu a o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o demitiu sumariamente tão logo ele retornou a Brasil. Dunga perdeu o emprego mas ganhou a simpatia e o aplauso de milhões de brasileiros.

Esse negócio da Rede Globo determinar o horário dos jogos da seleção brasileira e dos campeonatos nacional e regionais, está muito perto do fim. É inconcebível que qualquer evento esportivo só tenha início depois da novela das nove que, impropriamente, é chamada das oito. Jogos do campeonato brasileiro começar após as 22 horas por imposição da Globo é um insulto injustificável, como injustificável é a campanha de elementos chatos, tipo Fausto Silva, contra o treinador Dunga. Tudo por interesse contrariado.

Tudo isso impõe que se abra a caixa-preta da CBF. Afinal são bilhões de reais que entram na entidade e saem sem ter de prestar contas com ninguém. Por que Ricardo Teixeira se perpetua na CBF? São 21 longos anos de reinado absoluto e absolutista. Isto precisa ter um fim. Chega de exclusividade! As redes públicas de rádio e televisão devem ter o direito de transmitir todos os eventos esportivos. Sem isto não há democracia.

Abaixo a Rede Globo!

Messias Pontes é jornalista e colaborador do Vermelho/CE

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