Sem categoria

Senadores da base querem dobrar bancada e eleger Dilma

Os senadores da coligação Para o Brasil Seguir Mudando querem “colar” suas candidaturas à campanha presidencial de Dilma Roussef. Com isso, cria-se uma “mão dupla” em que os senadores transportam forte apoio de base para candidatura de Dilma e se beneficiam da identificação com o projeto de governo do Presidente Lula, de crescimento econômico, geração de emprego, construção de obras de infraesterutura etc.

A ideia, de dobrar a bancada da base aliada no Senado e eleger Dilma no primeiro turno, ficou bem entendida pelos senadores que se reuniram com vários ministros para discutir o andamento da campanha eleitoral nos estados. O encontro foi em almoço nesta terça-feira (3) na residência do senador Gim Argello (PTB-DF), um dos coordenadores da campanha da petista.

Nesta quarta-feira (4), reunião semelhante será realizada com os deputados em almoço na residência do deputado Luciano Castro (PR-RR). Governistas propõem fortalecer imagem de Dilma nos materiais

Na avaliação do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a expectativa é de que nessas eleições, os partidos da coligação que apoiam a candidatura de Dilma Rousseff a Presidência da República consigam ampliar sua base no Senado. E eleger Dilma no primeiro turno.

Inácio Arruda disse que o resultado das últimas pesquisas de intenção de votos que colocam a candidatura de Dilma à frente de Serra cria mais entusiasmo, mas destacou que a ideia é vencer no primeiro turno, o que exige mais esforço e trabalho. “Tem que trabalhar mais porque uma das ideias é o esforço para vencer no primeiro turno, com pé no chão, trabalhando muito”.

Ele destaca ainda o poder dos adversários. “A candidatura Serra não é só do ex-governador de São Paulo, é do setor conservador, que tem força e dinheiro e vai usar de todos os recursos na campanha”.

Por isso, os parlamentares estão empenhados em fazer a candidatura de Dilma crescer com ações anteriores ao período da propaganda eleitoral gratuita. “Não vamos esperar só rádio e TV, temos que começar mais cedo”, anunciar o senador comunista, insistindo na importância da se estabeleça mão dupla de trabalho, “colando” as candidaturas dos senadores com a de Dilma, o que cria possibilidade de elegê-los e elegê-la no primeiro turno.

Dobrar bancada

“O esforço é para trabalhar e eleger, principalmente nas regiões onde existem senadores de oposição, representantes para dobrar a bancada da base aliada, mais próxima e mais segura, porque hoje existem muitos senadores que são da base mas fazem oposição ao governo, avalia Inácio Arruda, em referência ao caso do senador Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), ambos do PMDB.

"Temos que ter bancada mais identificada com o nosso projeto”, disse o senador comunista, acrescentando que “cada partido tem característica e ideias, mas temos um projeto comum e isso ficou bem entendido”.

O Governo Lula, em seus dois mandatos, sofreu derrotas no Senado, como o fim da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em dezembro de 2007, que garantia recursos de cerca de R$40 bilhões para a área da saúde.

De Brasília
Márcia Xavier