Sem categoria

Investigação revela crimes de rede de prostituição internacional

Investigações de autoridades espanholas e brasileiras indicam que as redes de prostituição que atuam nos dois países envolvem crimes como formação de quadrilha e tráfico de drogas.

Investigações preliminares de autoridades espanholas e brasileiras indicam que as redes de prostituição que atuam nos dois países envolvem uma série de outros crimes, como formação de quadrilha e tráfico de drogas e estimulantes sexuais.

A revelação foi feita na segunda-feira (30), depois de ser desbaratada a rede que aliciava jovens brasileiros para fins sexuais nas cidades espanholas de Palma de Mallorca, Madri, Barcelona, Alicante e León.

A Polícia Nacional da Espanha prendeu 14 pessoas. Em Palma de Mallorca, oito pessoas são mantidas presas, em Leon, três, em Barcelona, Alicante e Madri há três detidos. As informações são do Ministério do Interior da Espanha.

Há seis meses, os policiais brasileiros e espanhóis investigam o esquema de prostituição. Os jovens eram atraídos para a Espanha com a promessa de emprego e salário elevado.

Ao desembarcar, eles eram obrigados a se prostituir para pagar dívidas, que chegavam a mais de 4 mil euros. A ordem era que atendessem em diferentes casas de encontro e ficassem à disposição para programas 24 horas por dia.

Detalhes da operação que desbaratou o esquema serão divulgados nesta terça-feira (31), durante entrevista coletiva em Madri. Representantes da Polícia de Investigação e da Unidade Central contra Redes de Imigração e Falsidades Documentais forneceram as informações, segundo o Ministério do Interior.

De acordo com as investigações, o comando da rede de prostituição ficava na cidade de Palma de Mallorca, de onde controlava as ações em Madri, Barcelona, Alicante e León. Para atrair clientes, a rede colocou anúncios na seção de contatos de vários jornais e em páginas na internet, inclusive com fotografias de crianças e adolescentes.

As vítimas eram obrigadas também a pagar aos líderes do esquema metade do que recebiam pelos programas, mais 200 euros para alojamento e refeições. Havia ainda ameaças constantes de pressão e até de morte.

Fonte: Agência Brasil