Ministério desmente Serra sobre a cultura no governo Lula
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, assina nota divulgada nesta quarta-feira (22) em que acusa do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, de usar “chavões e inverdades” sobre a cultura no debate eleitoral. “Eleito presidente, vou triplicar os recursos na área, que foi abandonada", disse o tucano, no que foi respondido pelo ministro ao enumerar os avanços dos últimos anos: “basta comparar qualquer aspecto da política cultural do governo Lula com o governo anterior.”
Publicado 22/09/2010 14:53
O orçamento da cultura no governo federal saltou de R$287 milhões em 2003 para R$2,2 bilhões em 2010. “O salto de quase dez vezes atesta a importância que a cultura tem para o governo Lula”, diz a nota, acrescentando que “a própria renúncia fiscal saiu de R$400 milhões para mais de R$1 bilhão.”
Juca Ferreira destaca outro aspecto que diferencia em muito o governo do ex-Presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que Serra representa, e o Governo Lula: “Os recursos são hoje distribuídos para o Brasil inteiro, sem discriminação de regiões, de orientação artística ou ideológica, e na mais absoluta liberdade de expressão.”
O ministro, que se diz orgulhoso de ter contribuído para esse nível de liberdade, enfatiza que “trabalhamos com todas as prefeituras e governo estaduais. A própria Bienal de São Paulo teve uma forte contribuição do Ministério da Cultura, e sem ela talvez o evento não teria recuperado sua grandeza”.
Sobre o projeto de lei para modernização do Direito Autoral, o ministro lembra que foi “amplamente debatido pela imprensa e pelo setor cultural” e aumenta a transparência do sistema de arrecadação no Brasil, rebatendo a acusação de Serra de que haverá estatização do Ecad. “A suposta estatização do Ecad não existe no projeto e é apenas uma leitura marota”, diz a nota.
Seguindo a linha adotada na campanha depois que “despencou” nas pesquisas de intenção de votos, Serra acusa o PT de querer criar a “Ecadebrás”, “mais uma estatal que vai virar cabide de emprego de petistas e o dinheiro dos artistas e autores vai para cupinchas, para a companheirada. Todo mundo da cultura e da literatura está revoltado com esse projeto, que eu vou mudar", frisou.
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De Brasília
Márcia Xavier