Ceará reelege Cid Gomes e deixa Jereissati fora do Senado

Com 86,63% dos votos apurados, Gomes tem 61,60%. O segundo colocado, Marcos Cals (PSDB), tem 19,44%. É a segunda vez que Gomes vence no primeiro turno a disputa pelo governo do Ceará.

O governador focou a campanha eleitoral em promessas que garantiam o fortalecimento de áreas da segurança — considerado um dos gargalos de sua administração— e do transporte.

No transporte, Cid destacou a conclusão e operação da linha Sul do metrô de Fortaleza, além da implementação da linha leste (Mucuripe/Castelão). Conclusão do porto de Pacém e de aeroportos no interior do Estado também foram promessas ditas pelo candidato.

Já para segurança, o candidato afirmou que pretende contratar, por concurso público, mais de três mil policiais militares, ampliar os quadros da Polícia Civil e instalar scanners com raio-X em estradas do Ceará para combater o tráfico de armas e drogas.

Irmão do deputado federal e ex-governador do Estado, Ciro Gomes, Cid conquistou seu primeiro cargo político em 1991, como deputado estadual pelo PMDB. Em 1995, presidiu a Assembleia Legislativa do Ceará. No ano seguinte, foi eleito prefeito de Sobral, função que exerceu novamente em 2000.

Formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o governador cearense se mudou, em 2005, para Washington, nos Estados Unidos, onde exerceu a função de consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Em seu primeiro mandato como governador, em 2006, venceu as eleições também no primeiro turno, com 62,4% dos votos válidos. No segundo turno, foi coordenador da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a última pesquisa divulgada pelo Datafolha, no final de 2007, Cid Gomes foi apontado como o segundo governador mais bem avaliado pelos cearenses. Cerca de 80% da população considerava sua gestão, na época, como ótima ou boa.

Senado

O governador Cid Gomes conseguiu puxar votos para seus candidatos ao Senado, deixando o ex-aliado e atual adversário Tasso Jereissati (PSDB) de fora. O cacique tucano ocupa uma vaga na Casa desde 2003, há dois mandatos consecutivos.

Cederá lugar agora a Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT) , que, com 36,30% e 32,42% dos votos, respectivamente, já estão eleitos. Tasso tem 23,58% e não alcança mais nenhum dos dois. 

Com agências

Atualizada às 22h15