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Segundo turno domina agenda e adia votações no Congresso

O segundo turno das eleições presidenciais deve adiar o reinicio das votações de matérias na Câmara e no Senado. Esta semana, em Brasília, o que domina são as reuniões e encontros para definir as estratégias e alianças para o segundo turno. Nesse sentido, o PT saiu na frente. Ontem (4), a candidata Dilma Rousseff reuniu-se com as lideranças políticas dos partidos aliados. Nesta terça-feira (5), o Presidente Lula promove reunião semelhante. O PSDB, o PMDB e o PV também farão reuniões.

O presidente da Câmara Federal, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou que retomaria as votações de medidas provisórias e de projetos, antes que o segundo turno das eleições comece a monopolizar a atenção dos deputados, mas o quórum hoje na Casa está baixo. Ele mesmo, como candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, está ocupado com a campanha eleitoral.

Há ainda o feriado do dia 12 de outubro, na próxima terça-feira, em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, para dificultar a normalização dos trabalhos.

O Senado reconhece, na sua divulgação oficial, que a perspectiva de votações em Plenário nesta e na próxima semana é incerta. Depende do retorno dos senadores da campanha eleitoral e de acordo de líderes com relação aos temas. Existe ainda o caso da doença do presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). Ele foi transferido hoje de São Luis (MA) para São Paulo, onde fará exames complementares no Hospital Sírio-Libanês.

Processo do PV

A cúpula do PV se reúne na tarde desta terça-feira (5) com a candidata derrotada à Presidência da República, Marina Silva, para começar a discutir a posição do partido para o segundo turno e também debater propostas programáticas que podem ser negociadas com os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para um possível acordo. O local do encontro não foi divulgado.

O discurso oficial dentro do partido é de que os interessados no apoio do PV terão de encampar a bandeira da sustentabilidade e que ninguém em nome do partido está autorizado a declarar apoio a Dilma ou a Serra. "O partido está coeso em torno de um processo. A posição não pode ser de uma pessoa só", afirmou Maurício Brusadin, presidente do PV paulista.

O processo a que ele se refere inclui reuniões entre a Executiva do partido, consulta aos eleitores e simpatizantes da candidatura que já vêm se manifestando no site www.movmarina.com.br. Em menos de 24 horas o fórum criado no site já reuniu mais de 5 mil opiniões.

O PV também vai realizar uma convenção para ouvir a militância e, em 15 dias, terá uma posição oficial. "O partido vai para uma convenção porque isso legitimará qualquer posição", defendeu o candidato derrotado do partido ao governo de São Paulo, Fábio Feldmann. "Quanto mais transparente (for o processo), melhor será para explicar para a sociedade", completou.

Reuniões do PMDB e PSDB

O PMDB está organizando um grande encontro para esta quarta-feira (6), em Brasília, com a participação de dirigentes do Partido, senadores, governadores e deputados eleitos, a fim de demonstrar a força da militância e reafirmar o apoio à eleição de Dilma Rousseff.

O PSDB e PMDB também marcou para amanhã, em Brasília, reunião de cúpula, com deputados, senadores e governadores eleitos, para discutir a estratégia para o segundo turno. O encontro dos tucanos vai traçar os rumos para a próxima etapa da campanha. Além das duas “estrelas” do Partido – senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, e o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi convidado a discursar.

De Brasília
Com agências