Sem categoria

Petistas alertam contra campanha de mentiras da oposição

Na avaliação dos líderes petistas, o segundo turno das eleições presidenciais deixará mais claro os dois projetos políticos que irão se enfrentar no dia 31 de outubro. Esse é um fato positivo, considerando que os oito anos do Governo Lula são mais bem avaliados pelo eleitor do que foram os oitos anos do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Mas existe a preocupação de que a oposição amplie a ofensiva de “mentiras” e “calúnias” contra Dilma Roussef (PT).

“Para isso, pedimos desde já aos militantes e simpatizantes do PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT, que nos ajudem a divulgar os compromissos do governo e a desmascarar as mentiras do esquema Serra”, alertou o professor Marco Aurélio Garcia, coordenador do programa de governo da candidata do PT,. “Nós não queremos apenas vencer. Queremos uma grande vitória que legitime ainda mais o governo da futura presidente do Brasil, Dilma Rousseff.”

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), em entrevista na Câmara, destacou a diferença entre os dois projetos que serão debatidos no segundo turno: "De um lado, o da candidata Dilma, que é a política de desenvolvimento com distribuição de renda e de fortalecimento do Brasil no exterior. De outro, a política que nós chamamos neoliberal (do candidato tucano José Serra), que foi executada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Esse é o debate principal", afirmou.

Vaccarezza acrescentou que no primeiro turno da eleição o eleitor escolhe seu candidato. "E ao fazer isso, 47% dos eleitores cravaram Dilma como seu candidato. Agora, no segundo turno, as pessoas escolhem o melhor das duas opções. Nessa situação, acho que a tendência é de voto na Dilma", afirmou.

Oposição histérica

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), classificou como “histeria” a postura da oposição que quer aproveitar o tema do aborto no debate eleitoral. “O que estamos ouvindo aqui na Câmara são declarações estapafúrdias, falsas, sobre procedimentos que o PT teria em relação ao tema”, afirmou Ferro.

Para ele, os ataques estão sendo utilizados por motivação eleitoral. “Quem nos ataca esquece, ou faz ouvido de mercador, da norma estabelecida por José Serra quando era ministro da Saúde, de interrupção de gravidez para mulheres que foram estupradas, vítimas de violência sexual. A orientação do então ministro José Serra era curetagem até 12 semanas e utilização de medicação para interromper gravidez que fosse fruto de estupro ou de violência sexual.”

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também condenou, em pronunciamento no plenário, a onda de calúnias veiculadas na mídia e na Internet contra o PT e a candidata do partido à presidência da República, Dilma Rousseff. “Não podemos permitir que essas calúnias decidam o destino de nosso País”, afirmou o parlamentar petista.

E acrescenta que o PT, por meio do Presidente Lula, conseguiu construir a saída da miséria de milhões de brasileiros. “Fomos nós, do PT, que permitimos que crianças que não comiam passassem a comer. Enquanto alguns deputados que nunca falaram contra a fome, agora vêm defender a vida. São verdadeiros urubus da morte. É isso que eles são”, rebateu o parlamentar petista.

Vacarezza também esclareceu a polêmica envolvendo a legalização do aborto. "Esse é um tema simples. Ele é mais polêmico pelo tipo de debate que saiu da mídia do que pelo debate entre os dois candidatos, porque o Serra e a Dilma têm posições exatamente iguais. O Serra, inclusive, foi quem normatizou a lei do aborto. A Dilma já afirmou publicamente que o governo não fará mudanças, não encaminhará projetos de mudanças da atual lei", disse.

“Manchete mentirosa"

O professor Marco Aurélio Garcia, coordenador do programa de governo da candidata do PT, Dilma Rousseff, rebateu a manchete do jornal Folha de S. Paulo, publicada dois dias após o final do primeiro turno sobre o partido retirar do programa a questão do aborto. "A manchete da Folha é mentirosa. O aborto não consta do programa do PT. Portanto, é impossível retirar uma coisa que não tem", afirmou ele.

“O Serra tenta fazer do aborto uma questão central do segundo turno para desviar o foco do debate de programa de governo, que ele não tem”, afirma Marco Aurélio. “Aí, parte para uma guerra suja, para desqualificar a nossa candidata. E como não tem coragem para assumir a paternidade da sordidez, ele a terceiriza para os seus paus-mandados.”

Saúde, educação e segurança

Segundo Marco Aurélio Garcia, saúde, educação e segurança serão as três áreas prioritárias do futuro governo Dilma, que já as discutiu com os governadores eleitos. “Serão os governadores que darão sustentação a esse programa”, diz Marco Aurélio. “O Rio de Janeiro é uma prova de que isso dá certo. A parceria do governo federal com o estadual está dando bons resultados na segurança pública. Já em São Paulo, onde isso não acontece, a política de segurança pública fracassou.”

Segundo ele, os três pontos prioritários já são compromissos do programa de Dilma. Só que agora a campanha pretende explicitá-los mais. “O que está em jogo são dois projetos”, ressalta Marco Aurélio. “O da oposição, que é um projeto neoliberal. E o nosso que privilegia a melhor educação, reduziu a mortalidade infantil, tirou 30 milhões de pessoas da linha abaixo da pobreza, gerou 14 milhões de empregos com carteira assinada, entre muitas conquistas. A sociedade não é composta por um bando de imbecis, como imagina a oposição. Ela vai saber escolher qual projeto tem realmente mais compromisso com a vida.”

Com o PV

Vaccarezza afirmou que o PT respeitará a posição que o PV e que a candidata do partido, Marina Silva, decidirem tomar quanto ao apoio político no segundo turno. "Mas posso dizer o seguinte: o próprio Serra, no debate com a Marina, deixou claro para o País e para o PV que, na visão dele, a Marina tem mais a ver com a Dilma do que com ele, Serra – usando palavras textuais dele publicadas na imprensa", disse Vaccarezza.

O líder lembrou que há um grande arco político de centro-esquerda de apoio à Dilma e que a bancada do PV faz parte da bancada de sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou ainda que Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente por sete anos no governo Lula. "E a luta pela sustentabilidade do planeta tem muito a ver com a história do PT. Os principais quadros dos movimentos ambientalistas são filiados do PT e foram aliados do PT", afirmou.

De Brasília
Com informações do PT