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Otan e Estados Unidos reconhecem Talibã como "interlocutor"

Os Estados Unidos e outros membros do Pacto Militar do Atlântico Norte reconhecem dirigente do movimento Talibã como prováveis interlocutores em conversações para se chegar a um "acordo de paz" no Afeganistão, de acordo com informações divulgadas pelo The New York Times.

O jornal americano desta quinta-feira (14) assinala que as forças de agressão e ocupação da nação centro-asiática facilitam o movimento de líderes guerrilheiros em direção a Cabul, a capital do país, para entabular negociações.

O periódico cita funcionários da Otan e do Pentágono ao assegurar que esta é a mais clara confirmação de que Washington apoia um "debate" para conseguir chegar ao fim da ocupação, que dura já nove anos.

Essa prática demonstra que a Casa Branca estima estar em um beco sem saída e dificilmente haverá um vencedor em curto prazo, por isso um acordo de paz retiraria do atoleiro que os EUA entraram durante o governo de George W. Bush, de acordo com comentaristas políticos consultados pelo jornal.

Ao mesmo tempo, meios de comunicação analisam as declarações de um funcionário da Otan sobre o tema, que se absteve de revelar quais membros da Força Internacional de Assistência à Segurança, nome fantasia das tropas de ocupação, tenham feito algo para apoiar as conversações além de oferecer garantias aos guerrilheiros.

No início de 2010, o presidente Barack Obama deu como condição para iniciar conversações a cessação de qualquer forma de resistência pelos guerrilheiros, assim como depor suas armas e jurar fidelidade à Constituição afegã, imposta pelas tropas ocupantes.

Da redação, com Prensa Latina