Sousa Júnior – Vitória de Dilma depende de cada um de nós

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Quem está acompanhando cada programa eleitoral, debate, notícia, enfim, cada movimento das campanhas de Dilma e Serra não tem dúvida: estamos vivenciando a mais dura batalha política após o fim da ditadura militar, maior ainda do que enfrentou Lula nas eleições presidenciais desde seu enfrentamento com Collor, em 1989.

Isso porque, em especial nesse segundo turno, Dilma está enfrentando toda a sorte do que existe de mais conservador na sociedade brasileira e uma direita que “está animada”, parafraseando um dirigente comunista do Ceará. Essa “animação” da direita reflete-se em ações de todo tipo para desconstruir a imagem da Dilma, manipulando a religiosidade popular e os preconceitos ainda arraigados em boa parte da população.

Além do PIG (Partido da Imprensa Golpista), bispos e pastores de direita, associações fascistas e retrógadas do tipo da TFP, saudosistas da ditadura militar, toda essa corja uniu-se aos vende-pátria, privatistas do PSDB e ex-sociais democratas, mais os demos disfarçados de democratas, na verdade nada mais do que sucedâneos do PFL, antes PDS e antes ARENA (tanto esforço para se mascarar não impediu mais uma derrota acachapante do DEM neste ano, cuja bancada federal foi reduzida de 84, em 2002, para 65, em 2006; e, agora, para apenas 43 deputados).

Nas campanhas anteriores de Lula, e mesmo no primeiro turno, praticamente não se viam manifestações na rua a favor dos candidatos tucanos. Essa era uma prática só nossa –militantes e progressistas em geral. Nesse segundo turno, porém, os apoiadores do tucanato estão colocando adesivos em seus carros, manifestando-se nas ruas e, sobretudo, caluniando, e muito, a Dilma, seja através de panfletos, seja através da própria voz. Eles, os conservadores de todo tipo, estão abraçando a campanha do Serra.

E nós, felizmente, estamos começando a reagir. A intelectualidade e os artistas progressistas estão reagindo. As forças aliadas estão se aglutinando. A juventude socialista está se mobilizando. Mas ainda é pouco para o enfrentamento que teremos até o último minuto do dia 31 de outubro. A batalha eleitoral só será vencida se a encararmos como uma guerra, em que cada local de trabalho, de moradia, de estudo e até no elevador, no hospital ou posto de saúde, dentro do ônibus, no táxi, no balcão da loja ou no caixa do banco, a gente encare como um campo de batalha, onde a nossa arma é o argumento, que deve estar bem lubrificado para derrotar as mentiras do inimigo e levar à vitória da Dilma, que só depende de cada um de nós.

Sousa Júnior é publicitário e assessor sindical

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