Kassab cria mais um factoide para se manter em alta: agora é a 'Nova Luz'

Prefeitura de São Paulo apresentou ontem (17) o primeiro desenho do que pretende fazer na cracolândia, no centro de São Paulo, área rebatizada de Nova Luz. Não apontou, sequer, se existe viabilidade econômica no projeto.

Cracolândia

Ruas e praças são inspiradas em locais como La Rambla (Barcelona), Campo Santa Margherita (Veneza) e Bryant Park (Nova York). Serão mais dois hectares de árvores, parques, praças, centro de entretenimento, biblioteca e escola. 

A prefeitura, porém, não apontou o essencial para o projeto. Não diz quanto vai custar, quantos imóveis serão desapropriados, quantas pessoas serão removidas e em quanto tempo os desenhos deixarão de ser apenas desenhos. Não apontou, sequer, se existe viabilidade econômica no projeto.

"Esses estudos estão sendo feitos e subsidiam o projeto", afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, na apresentação preparada por um grupo de empresas liderado pelo escritório americano de arquitetura Aecom.

Segundo Bucalem, os relatórios virão na próxima fase, ainda sem data. O primeiro relatório estava previsto para o início de outubro. E viria, segundo o contrato, já com os estudos preliminares de viabilidade econômica e da situação fundiária.

O grupo de empresas formado por Aecom, Cia. City, Concremat e Fundação Getúlio Vargas vai receber R$ 12,5 milhões pelo trabalho, que deve durar dez meses. A revitalização da região, pensada ao menos há 20 anos, tornou-se um projeto efetivo há seis anos, com benefícios fiscais para empresas que se instalam ali.

As referências para as diretrizes da Nova Luz vêm do exterior. A rua Vitória, hoje ocupada por consumidores de crack, tem projeto inspirado na Rambla, a principal rua turística de Barcelona.

Na rua dos Gusmões, o projeto é um parque similar ao Bryant Park. E haverá um centro de entretenimento, com cinemas, cafés e lojas, como o Campo Santa Margherita, de Veneza (Itália).

Com informações Folha de S.Paulo