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Trabalhador é destacado nos 80 anos do Ministério do Trabalho

O trabalhador brasileiro foi o grande destaque na sessão solene, desta terça-feira (23), na Câmara, que homenageou os 80 anos de criação do Ministério do Trabalho e Emprego. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, fez menção a crise econômica de 2009 e como ela foi superada pelo Brasil tendo a visão trabalhista como protagonista da discussão. O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) falou em nome do seu Partido, destacando que desde sua origem o PCdoB defende os trabalhadores.

Para o ministro Carlos Lupi, “poucas vezes nós assistimos a uma discussão em que colocasse como protagonista do processo aquele que cria e faz a Nação: o trabalhador brasileiro”, produzindo aplausos entre os presentes. Destacando que as discussões de combate às crise econômicas sempre se basearam apenas em financiamento público. “Tinha de salvar as empresas falidas com dinheiro público”, lembrou.

Em 2009, segundo contou o ministro, “pela primeira vez na história, esse jovem de 80 anos, o Ministério do Trabalho e Emprego, conseguiu levantar a sua voz ao Brasil inteiro e ser exemplo”, acrescentando que tem orgulho de “pertencer a um Governo comandado por um trabalhador, que hoje é referência no mundo de como se sai de uma crise, focando o ser humano.”

“Como se consegue responder ao mundo contemporâneo, em que tudo é um topa-tudo por dinheiro — alguns estão até falindo com isso — , focando o ser humano em primeiro lugar? Nada é mais importante, nada dá mais dignidade, nada dá mais autoestima ao ser humano do que a carteira de trabalho, criada por Getúlio Dornelles. Ela foi a carta de alforria”, conclui o ministro.

Mais e mais direitos

A fala do ministro seguiu o argumento apresentado pelo deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) que disse que “o Brasil vive um momento em que o valor do trabalho precisa ser sempre afirmado, “porque são exatamente momentos como esse (de crescimento), em que uma avenida de prosperidade econômica se abre à nossa frente, que nós precisamos distribuir a renda nacional de modo equânime.”

Ele defendeu mais e mais direitos para os trabalhadores, citando o combate ao trabalho escravo, redução da jornada de trabalho para 40 horas, a luta contra a precarização do mundo do trabalho e a valorização do trabalho humano quando da distribuição da renda nacional.

E lembrou a importância da existência de um órgão como o Ministério do Trabalho, “essencial em novas lutas que repactuem constantemente a relação de trabalho, ontológica e essencialmente assimétrica e desigual, mas que seja possível novos pactos e que novos direitos sejam conferidos aos trabalhadores.”

De Brasília
Márcia Xavier