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Estudantes protestam contra aumento de mensalidade

Arcoverde, município do interior de Pernambuco, passou a ser conhecida em âmbito nacional pelas letras do Cordel do Fogo Encantado, banda que, até se dissolver, no último carnaval, cantou sua terra natal em todos os cantos do Brasil. Alunos da Autarquia Municipal de Ensino de Arcoverde (Aesa), entretanto, mostram que a tradição de lutas de um povo batalhador não se limita à poesia do cantor e compositor Lirinha e realizaram manifestações contra o aumento de mensalidades em uma faculdade local.

- Arquivo UNE

Os protestos em Arcoverde (PE) se juntam às manifestações organizadas pela União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição. O movimento estudantil todos os anos se vê obrigado a desenvolver campanhas contra os aumentos abusivos de mensalidades, que são constantes. Em Arcoverde, o questionamento é em relação a um reajuste de 20% em uma autarquia municipal, a Aesa.

O reajuste foi proposto pela administração da autarquia. No dia 1º de dezembro, os estudantes fizeram uma paralisação em frente à instituição cobrando mais diálogo com a direção. As entidades estudantis exigem que seja estabelecido ao menos um critério para discussão do reajuste e que seja aberto o diálogo com aqueles que serão os mais prejudicados com um aumento tão abusivo.

Os protestos continuaram no dia seguinte, com uma passeata com mais de 300 estudantes que saiu da faculdade e percorreu várias ruas da cidade até a praça central do município, denunciando as condições de estudo da Autarquia de Ensino de Arcoverde. Segundo o presidente do DCE, João do Skate, “A nossa luta, para além da mensalidade, é por mais qualidade nos laboratórios, salas de aula e qualificação dos professores. Iremos até o fim desta luta”.



Caras pintadas, cartazes, bandeiras e apitos marcaram as manifestações em Arcoverde (PE)

Autarquias Municipais

Ao todo, existem 13 autarquias municipais de ensino em Pernambuco, que enfrentam problemas semelhantes ao da Aesa. A presidente da UEP Virgínia Barros, presente na mobilização desta semana, explica que a luta da entidade é pela estadualização dessas instituições. “Os municípios não possuem condições financeiras de sustentar uma universidade com qualidade no ensino, pesquisa e extensão e políticas de assistência estudantil. Do mesmo modo, não há democracia interna nem transparência na administração. Achamos que a transferência da responsabilidade das autarquias para o Estado contribuiria substancialmente para solucionar estes problemas”.

Da redação, com informações do Estudantenet