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Estratégia mexicana antidroga só favorece os Estados Unidos

A estratégia antidrogas do governo mexicano não cuida do aumento do consumo interno e são cada vez mais numerosas as […]

A estratégia antidrogas do governo mexicano não cuida do aumento do consumo interno e são cada vez mais numerosas as vítimas desta guerra, avaliam congressistas mexicanos.

Os deputados federais, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Josué Valdés Huezo e Alfonso Navarrete disseram neste domingo (2) que a estratégia atual deixou em quatro anos mais de 30 mil execuções, das quais quase 13 mil ocorreram em 2010.

"São saldos negativos, há mais de 1,5 mil menores mortos pela guerra contra o narcotráfico declarada pelo presidente, aumenta o consumo interno de drogas e cada vez mais crianças, mulheres e jovens se envolvem como bandidos e vítimas desta guerra", disse Valdés Huezo.

Navarrete expôs que o plano do governo federal contra o crime organizado se encaminha literalmente a evitar que o tráfico de drogas chegue aos Estados Unidos, pelo que exortou o Executivo a se focar e traçar políticas para deter e reverter o crescente consumo de drogas entre os jovens.

"Há um descuido total em relação ao aumento do consumo de drogas no país. Observa-se fracasso e desatenção quanto a esse problema”, enfatizou o deputado.

O congressista do PRI também considerou a necessidade de modificar a Lei Geral de Saúde para criar uma subsecretaria contra a dependência às drogas que atue como autoridade sanitária diante deste problema, além de adotar uma política de criação de empregos e recuperação de espaços sociais, que se encontram em mãos da mãos da delinquência.

"O PRI tem insistido junto ao governo federal para que revise a estratégia em matéria de combate ao crime organizado, deveriam ser formuladas políticas sociais e criados instrumentos de Estado", assinalou o deputado Navarrete.

Fonte: Prensa Latina