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Anunciado no Chile novo movimento de esquerda

Representantes de organizações políticas e sociais da esquerda chilena confirmaram a formação de uma nova força de base comunitária e viés antineoliberal. “Estamos em processo de criação de um novo movimento político, social e cultural que expresse a diversidade de pensamento de esquerda, suas distintas aproximações e a capacidade delas conviverem em uma mesma força”, anunciou o ex-candidato presidencial Jorge Arrate.

O político chileno sublinhou que a nova organização rechaça alternativas neoliberais, incluindo seu marco institucional que o Chile herdou dos anos da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990). “Somos partidários de uma nova Constituição, participativa, democrática, que surja de uma Assembleia Constituinte”, enfatizou Arrate.

Para Victor Osorio, presidente da Esquerda Cristã, o novo movimento que se quer construir não é um experimento de caráter cupular, pelo contrário: está comprometido com uma concepção comunitária da política.

“Há consenso de um setor importante da esquerda chilena, fragmentada, dividida, golpeada, de levantar a cabeça”, destacou por sua vez Manuel Cabieses, jornalista e diretor da reconhecida revista Ponto Final. Para ele, há condições nacionais, regionais e internacional para o florescimento de uma esquerda potente no Chile, muito mais imaginativa e audaciosa.

Com a premissa de que o Chile “seria outro” com uma “esquerda política, social e cultural protagonista” se reuniram no último sábado (15) cerca de 200 representantes de movimentos políticos, sociais e culturais com o objetivo de combinar as bases para a criação da citada força. Estiveram presentes no encontro membros da Esquerda Cristã, Por Mais Esquerda, Nova Esquerda, Partido do Socialismo Allendista, entre outros grupos expoentes dessa linha ideológica.

Arrate está à frente da equipe coordenadora encarregada de promover a constituição, em curto prazo, da provisoriamente denominada Nova Força de Esquerda. Segundo ele, o nascente movimento se manterá à margem da Concertação, que “terminou acomodando-se em um sistema político e um modelo econômico nocivo”.

Fonte: Prensa Latina, com tradução do Portal Vermelho