Escolas de samba solicitam barracões deixados por grupo especial 

Escolas do grupo de acesso querem ocupar barracões de escolas do grupo especial. Prefeitura diz que vai estudar a viabilidade da ação após a entrega da Fábrica do Samba.

O presidente das Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas), Kaxitu Ricardo Campos, pediu publicamente nesta terça-feira (8) ao prefeito Gilberto Kassab (DEM) que as escolas de samba do grupo de acesso e dos grupos 1 e 2 possam ocupar os barracões das agremiações do grupo especial quando elas se mudarem para a futura Fábrica do Samba. A solicitação foi feita durante a apresentação do Censo do Samba, na sede da Prefeitura de São Paulo, na região central.

– A partir da construção da fábrica, vamos pensar em uma política para diminuir o problema de espaço para construção dos carros alegóricos, em uma forma de ocupação desses barracões.

Kassab afirmou que já pediu ao presidente da SPTuris (São Paulo Turismo), Caio Carvalho, e ao secretário de Planejamento, Rubens Chamas, que analisem se é possível ocupar ou não essas áreas.

– Eu não disse que sim nem que não. Vamos ver o que é possível fazer.

Nesta terça, o prefeito também oficializou a mudança de nome da Fábrica dos Sonhos para Fábrica do Samba. Kassab justificou a alteração dizendo que o novo nome do espaço para abrigar as escolas do grupo especial é mais fácil de ser compreendido pela população.

A Fábrica, uma área de 80 mil m² para abrigar 14 galpões na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, começou a ser construída nesta semana, segundo informou o presidente da SPTuris. A previsão é que ela seja entregue até setembro de 2012. O prefeito, contudo, afirmou que o governo municipal vai ficar em cima das empresas construtoras para que o cronograma seja cumprido e, talvez, até antecipado.

O local deve resolver dois problemas: a precariedade dos barracões das escolas e a dificuldade para levar os carros alegóricos até o desfile, no sambódromo do Anhembi. O projeto vai custar R$ 124 milhões.

O prefeito também disse que os prédios ficarão em áreas protegidas por barreiras e que as escolas não devem sofrer novamente com enchentes quando a Fábrica do Samba estiver pronta.

Prevenção

Kassab pediu que as empresas que estão executando as obras examinem se há algo mais a fazer no quesito segurança, principalmente na prevenção de incêndios. A recomendação ocorreu depois que o fogo destruiu as alegorias de algumas escolas de samba do Rio de Janeiro, na segunda-feira (7).

– Precisamos retirar alguma lição desta tragédia.

O prefeito também afirmou que tem certeza que escolas cariocas vão conseguir se recompor e apresentar um ótimo carnaval.

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Fonte: R7