Movimentos sociais pedem punição para Amazonino Mendes

Entidades representantes dos estudantes e de associações que lutam por moradia protocolizaram, quarta-feira (23), um ofício no qual solicitam à presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM), uma investigação para apurar a conduta do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, no episódio em que ele faz declarações preconceituosoas durante uma visita à Comunidade Santa Marta, no último dia 21.

Assinaram o documento as seguintes entidades: União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estaudantes Secundaristas (Ubes), União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE), União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Amazonas (Uesam), União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Movimento Nacional de Luta por Moradia, Movimento Fé e Política e Coordenação Nacional de Associação de Moradores (Conam).

As entidades pedem a punição do chefe do Executivo Municipal de acordo com o Título III, seção V, da Lei Orgânica do Município, que trata da responsabilidade do prefeito, que no seu artigo 81 diz que o prefeito será ‘processado e julgado pela Câmara Municipal” quando proceder de “modo incompatível com a dignidade e decoro do cargo”. “Queremos punir de forma justa o prefeito para que esse episódio de discriminação não se repita mais, pois as declarações acabaram envergonhando todo o Estado do Amazonas, que sempre teve fama de acolhedor”, disse Maria das Neves, presidente da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM).

Para a presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Manaus (Umes), Priscila Duarte, as declarações de Amazonino Mendes, foram infelizes, pois criou um clima de animosidade com os migrantes. “O prefeito agiu de forma incompatível com o cargo que ocupa. Estamos todos envergonhados dele”, falou.

A vereadora Lucia Antony (PCdoB) destacou que o movimento das entidades estudantis e de moradores expressa a indignação que tomou conta da população de Manaus em relação ao prefeito. “Cabe à Câmara Municipal e aos poderes constituídos averiguar se tal atitude representa uma quebra de decoro”, enfatizou a parlamentar.

Os estudantes marcaram uma reunião, no próximo dia 25, às 10h, com vários vereadores na presidência da CMM. Na sexta-feira, eles pretendem realizar também um ato público pela manhã em protesto contra as agressões verbais de Amazonino Mendes.

Fonte: Assessoria de imprensa da vereadora Lúcia Anrtony (PCdoB)