Gaviões, Mancha e Dragões fazem o Carnaval paulista

A novidade começou em 1976, quando a galera corinthiana da Gaviões da Fiel saiu com bloco próprio no Carnaval. Os torcedores-foliões invadiram a avenida (a São João, onde acontecia o desfile) e, de cara, levaram seu primeiro título. Após quase uma dezena de vezes campeã no desfile de blocos, em 1989 a Gaviões se transformou em escola de samba. Sagrou-se campeã pela primeira vez após seis anos, em 1995. Depois, foram mais três títulos: 1999, 2002 e 2003.

Em 1995, os palmeirenses conseguiram se organizar para fundar o bloco carnavalesco Mancha Verde. Em 2000, o bloco vira escola de samba. No ano passado, a escola dividiu a passarela com a Gaviões, no desfile das campeãs. Também a torcida tricolor paulista decidiu, em 2000, fundar sua escola, a Dragões da Real. Em 2005, os são-paulinos pisaram pela primeira vez na passarela oficial do Carnaval, no sambódromo do Anhembi.

O ponto negativo é a transferência da rivalidade das torcidas, dos estádios para o Carnaval: o que deveria ser um momento de festa e descontração pode se tornar uma guerra campal entre criminosos (poucos, é verdade) que cohabitam as três agremiações. Está aí mais um desafio para a cidade de São Paulo.

Rio: a Mocidade veio do futebol

No Rio de Janeiro, as homenagens ao futebol, a clubes e torcidas, sempre vieram da parte das escolas de samba. É o caso do samba-enredo “Uma vez Flamengo”, da Estácio de Sá, ainda hoje entoado pela torcida rubro-negra nos dia de jogos. Mais que isso, a própria origem de algumas escolas de samba é devida a times de futebol amador.

A Mocidade Independente de Padre Miguel, por exemplo, surgiu em 1955, a partir do Independente Futebol Clube. Também a escola União da Ilha foi criada por amigos do time amador União Futebol Clube, em 1953.

Com informações do Portal Copa 2014