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Ministério da Saúde incentiva doações de sangue no Carnaval

Nesta época de Carnaval, a exemplo do período de férias, os hemocentros brasileiros têm uma baixa significativa no estoque de sangue, em torno de 20% a 30% em função dos casos de violência e acidentes. Outro motivo da baixa é o afastamento dos doadores em função das festas carnavalescas que acontecem em todo o país. Para manter os estoques abastecidos e garantir a assistência à população, o Ministério da Saúde incentiva a doação neste período.

Os hemocentros de todo o país funcionarão em horário comercial nesta sexta-feira (4), na segunda-feira (7) e retomam as suas atividades normais a partir do meio dia de quarta-feira (9).
“Nos períodos de férias e do carnaval, os doadores se afastam de suas atividades normais como a de doar. Por isso a necessidade de chamar a atenção dos voluntários para se programar para doar antes de ir para a folia”, lembra Guilherme Genovez, coordenador nacional de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde.

Atualmente, no Brasil, são coletadas por ano – em média – 3,5 milhões de bolsas de sangue. Cada hemocentro do país tem sua própria capacidade de estoque e de atendimento aos voluntários. Como é vedada a comercialização de sangue, é necessário que haja cada vez mais doadores compromissados e solidários para manter os estoques nos hemocentros dentro do padrão desejado.

Durante todo o ano, o Ministério da Saúde incentiva a doação de sangue. No período carnavalesco, é normal o aumento do pedido de bolsas de sangue por parte dos postos de coleta de sangue, muitas vezes devido ao aumento da ingestão de álcool, de acidentes de trânsito e da violência urbana.

Campanhas nacionais

Anualmente, são realizas duas campanhas nacionais. A primeira acontece em junho, quando se comemora o Dia Internacional do Doador de Sangue. A segunda, em 25 de novembro, quando é comemorado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.

Nestes momentos, se reforça a conscientização da população quanto à importância e os critérios para a doação de sangue. As campanhas são promovidas em parceria com todas as secretarias estaduais e municipais de saúde. “Essas iniciativas são essenciais, mas entendo que doar sangue é um gesto de solidariedade. É rápido e indolor”, afirma Guilherme Genovez.

Hoje, o país conta com 1,8% de doadores. De acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter os estoques regulares é preciso de 1,5% a 3% da população doe regularmente. A maioria das doações, no Brasil, ocorre de forma espontânea. Em cada doação são retirados – em média – 450 mililitros de sangue. Quantidade que não afeta a saúde do doador e a sua recuperação é imediata após o ato.

O que é necessário para doar sangue:
* O voluntário deve procurar o hemocentro mais próximo;
* Cada candidato a doador precisa responder – com veracidade – o questionário de avaliação;
* O doador deve sentir-se bem;
* Ter entre 18 e 65 anos de idade;
* Ter peso acima de 50 quilos
* Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional;
* O voluntário não deve ter diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade;
* Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue (sífilis, AIDS, hepatite e doenças de chagas); mulheres grávidas ou amamentando; usuários de drogas e as pessoas que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual – sem uso de preservativo – não podem doar sangue.

Recomendações para quem deseja doar:
* Não doe em jejum;
* Faça repouso de no mínimo 6 horas na noite anterior à doação;
* Evitar fumar por pelo menos duas horas antes da doação;
* Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores;
* Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Após a doação, o voluntário recebe um lanche e as instruções que deve seguir após o procedimento.

Fonte: Ministério da Saúde