Geraldo Amâncio, maior cantador do Nordeste, visita Aldo
Em visita à Brasília, onde fará duas apresentações esta semana, o poeta, repentista e cantador cearense Geraldo Amâncio, visitou o amigo-deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília. "Cantador canta ligeiro, evolui no pensamento, tocando o seu instrumento, sem mudar o seu roteiro". É fazendo repente que Geraldo Amâncio define a arte universal na qual os brasileiros se destacam.
Publicado 17/03/2011 13:57

Durante o período em que lecionou cantoria e cordel na Universidade de Coimbra, em Portugal, Geraldo Amâncio foi surpreendido pelo nível de conhecimento que estudiosos do mundo inteiro demonstravam sobre o tema. "Uma moça da Irlanda do Norte me fez uma pergunta que me impressionou. A cultura é universal", ensina o professor.
Geraldo Amâncio explica que a diferença entre a cantoria no Brasil e no exterior é que a nossa possui mais estilos. "No Brasil temos mourão, vaquejada, galope a beira mar, martelo, quadrão, gemedeira; são uns 80 estilos. Lá fora tem no máximo três", diz.
Mesmo assim, os festivais de cantoria giram o mundo. Há três anos, por exemplo, foi realizado um festival de repentistas nas Ilhas Baleares, com cantadores da Itália, Espanha, Argentina. O Brasil foi bem representado por Geraldo Amâncio.
Na hora do repente, a inspiração para compor, segundo Geraldo Amâncio, "é um dom de Deus". "Os cantadores de minha época tem dom hereditário. No meu caso, era meu avô e meu tio paternos", diz.
De passagem por Brasília, onde faz duas apresentações, Geraldo Amâncio encontrou-se com o amigo e admirador de longa data, o deputado Aldo Rebelo. Segundo Aldo, "Geraldo Amâncio carrega nos seus versos a cultura e a grandeza do Nordeste e do Brasil".
O cantador entregou para o deputado a homenagem que lhe foi prestada no 6o Festival Internacional de Trovadores e Repentistas de Limoeiro do Norte, Ceará.