Produção artesanal baiana é documentada em livro

Expressão da cultura tradicional e popular da Bahia, o artesanato ganhou um registro fotográfico, embasado por ensaios críticos de especialistas no assunto, na publicação produzida pelo Instituto Mauá: “Artesanato Baiano – Saberes e Fazeres”. O lançamento, na manhã desta quinta-feira (17/3), na sede do órgão, na Barra, reuniu o governador Jaques Wagner (PT) e o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre, Nilton Vasconcelos; entre outras lideranças políticas.

Instituto Maua

“O livro é mais uma etapa no sentido de valorização do trabalho artesanal. Na minha opinião, toda forma de expressão tem que ser valorizada e o artesanato é realização para quem faz, mas precisa também ser, cada vez mais, possibilidade de sobrevivência”, destacou Wagner.

E é justamente nesse contexto que se insere o Instituto Mauá; órgão oficial de fomento ao artesanato no estado. “Sem dúvida nenhuma, o Instituto cumpre um papel fundamental para o artesanato baiano e é preciso dinamizar cada vez mais para que essa referência, que é o Mauá na Bahia, também se transforme num estimulador e parceiro do artesão no sentido da capacitação, da valorização e da comercialização”, afirmou o governador.

Nos últimos quatro anos, mais de seis mil artesãos foram capacitados pelo órgão. Somente em 2010, este número chegou aos 1.221 mil, englobando 34 cidades. Outras 17 foram beneficiadas com a entrega de equipamentos, enquanto 31 tiveram seus modos de produção diagnosticados.
Atualmente, o Mauá atua junto a 86 comunidades artesanais com ações de capacitação e em 50 municípios na aquisição da produção – ano passado, foram mais de 25 mil peças adquiridas para venda nas suas lojas da Barra e Pelourinho. A atuação do Instituto na gestão do setor também alçou a Bahia à liderança no ranking nacional de artesãos cadastrados, com mais de 9 mil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “É um número significativo e é importante que cada um deles possa contar com política pública do Estado para valorizar seu trabalho que, além de arte, é também a história e cultura da nossa gente”, destacou o governador, que ainda sugeriu a criação do Selo Artesanato da Bahia, como forma de agregar mais valor à produção manual.

Saberes e Fazeres

Ao longo das suas 240 páginas, o livro resgata as raízes e as origens do saber artesanal, as técnicas e os conhecimentos milenares, transmitidos de geração em geração através da oralidade. As mais de 250 fotografias documentam as peculiaridades dos principais pólos baianos, abarcando 67 municípios de 23 Territórios de Identidade.

“É um marco histórico de preservação e memória do artesanato”, pontuou a diretora-geral do Mauá, Emília Almeida. A opinião é partilhada pelo secretário do Trabalho: “O livro é um registro importante da nossa riquíssima produção artesanal e que tem que ter, cada vez mais, a cara da Bahia”, complementou Vasconcelos.

A cerimônia ainda contou com a presença do superintendente do Sebrae/BA, Edval Passos; o presidente da Desenbahia, Luiz Alberto Pititinga; o superintendente do Banco do Nordete (BNB) na Bahia, Nilo Meira; o prefeito de Camaçari e presidente da União dos Municípios da Bahia – UPB, Luiz Caetano (PT); a prefeita de São Sebastião do Passe, Tânia Portugal (PCdoB); o diretor-geral da Sudesb, Raimundo Nonato (Bobô); e o ex-deputado estadual Javier Alfaya.

Fonte: Ascom/Mauá