Assembleia Legislativa aprova novo mínimo regional

A proposta do salário mínimo regional de R$ 610, definida pelo governo do Estado, foi aprovada por unanimidade, no início da noite desta terça-feira, na Assembleia Legislativa. O valor já havia sido definido em reunião do Colégio de Líderes, presidida pelo chefe do Legislativo, deputado Adão Villaverde (PT), pela manhã. Com isso, o reajuste fica em 11,6%. O novo salário é retroativo a 1º de março.

A maioria dos deputados da bancada governista utilizou a tribuna para defender o projeto. Raul Pont (PT) destacou que o piso nos dois últimos anos do governo Germano Rigotto e nos quatro de Yeda Crusius chegou quase a ter o mesmo valor do mínimo nacional, atualmente em R$ 545. “Agora estamos invertendo essa curva”, afirmou.

Outros petistas destacaram o papel das centrais sindicais no processo e consideraram o momento atual como “histórico”. O pedetista Gerson Burmann e o socialista Heitor Schuch defenderam o governo Tarso Genro, lembrando o compromisso do Executivo e de suas bancadas com a classe trabalhadoras.

Os peemedebistas Giovani Feltes e Maria Helena Sartori, representando a oposição, destacaram que, mesmo com a bancada votando a favor do mínimo aprovado, foram contrários ao atual projeto quando ele foi criado. “Se essa Casa tivesse tido a oportunidade de discutir, íamos apresentar uma emenda nos termos do governo (Germano) Rigotto, ou seja, o dobro do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)”, declarou a deputada.

Frederico Antunes (PP) reiterou a opinião de Feltes e Maria Helena. “Quem argumentava que era um aumento da discriminação eram pessoas do partido que hoje governa o Estado, mas acho que essa mudança de postura é um avanço”, argumentou.

Conforme o governo do Estado, o percentual de 11,6% inclui a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi de 4,3% em 10 meses, mais 7,91% de aumento real. A partir de 2011, a data-base para reajuste dos pisos regionais será 1º de janeiro.

Com agências locais