EUA abrem caminho para massacre em Camp Ashraf, no Iraque
Que a ocupação estadunidense no Iraque e Afeganistao são desastres militares, geopolíticos e humanitários, todos sabemos. Que a intervenção dos EUA nesses países obedece uma lógica de expansão capitalista pelo busca de insumos (petróleo), misturada a uma série de considerações maniqueístas, mas totalmente hipócritas, acerca dos povos que habitam esse pedaço de inferno na Terra, também sabemos todos.
Publicado 15/04/2011 10:07
Mas uma outra face desses conflitos vai tomando corpo, à margem do interesse da mídia mundial e, ou proporcionado pelo silêncio cúmplice dessas pautas, sob o olhar omisso das administrações de Washington.
É obvio que a inércia de Washington frente as barbaridades cometidas pelos governos títeres que instalaram em Bagdá e Cabul não é por acaso. Fazem parte de uma desastrada estratégia de impor governos ilegítimos, incapacidade de reconhecer e ler os sinais das diversas forças políticas que ali se engalfinham, impotência para prever as repercussões pelo mundo, e uma tendência a mediar toda as disputas pela força. Tudo para manter suas "posições" em relação a Israel, e lógico, a "estabilidade" do fornecimento de combustível, dentre outras coisas.
O resultado de tantos fracassos se amontoa ao lado dos corpos dos civis. De acordo com a página eletrônica do The Independent, em matéria assinada pelo Lord David Waddington, do escritório britânico de assuntos exteriores, no dia 08 de abril, sexta-feira, por volta de 5 horas, 2.500 homens do Exército Iraquiano invadiram o Camp Ashraf, onde residem integrantes de um partido oposicionista ligado a Teerã, o People's Mohajedin Organization of Iran (PMOI). Saldo: 33 mortos e mais de 300 feridos, todos civis e desarmados.
Informações dão conta que os mililtares estadunidenses, que estavam sediados em Ashraf, receberam ordem de retirada e de não intervir de qualquer modo, o que coincide com a visita do Secretário de Defesa, Robert Gates.
Todos esses fatos indicam que se não houve participação direta dos EUA, ao menos, ouve uma concordância "tácita" para o massacre. Um forma estranha de espalhar Democracia pelo mundo.
Fonte: Blog Planície Lamacenta