Líder da bancada do PSDB em SP diz que tentará manter vereadores

Grupo de vereadores tucanos anunciou saída nesta segunda-feira. Eles estão insatisfeitos com o processo de sucessão na legenda.

O líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, Floriano Pesaro, disse nesta segunda-feira (18) que ainda tem expectativa de manter no partido os vereadores que anunciaram a saída no início da tarde. O grupo, insatisfeito com o processo de sucessão na legenda, inclui o atual presidente da Câmara Muncipal, José Police Neto, e os vereadores Gilberto Natalini, Juscelino Gadelha, Ricardo Teixeira e Dalton Silvano. Adolfo Quintas e Souza Santos também tiveram os nomes divulgados, mas os dois não compareceram ao evento no Auditório Tiradentes da Câmara Municipal de São Paulo. As chefias de gabinete disseram que só eles podem falar sobre o assunto.

"Do anúncio (de saída) até a desfiliação de fato pode haver mudanças", afirmou. Pesaro disse ainda que, apesar de Adolfo Quintas e Souza Santos terem seus nomes divulgados pelos colegas, os dois devem ficar.
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"Nenhum dos dois confirmou para mim que está fora. Ao contrário, disseram que vão permanecer. Eu considero os cinco que estavam presentes lá. Os outros dois eu conversei e os demais (que não anunciaram a saída) vamos continuar conversando ", afirmou Pesaro.

O lider da bancada afirmou que o PSDB manteve conversas com os vereadores que estão deixando o partido durante os últimos dois meses, mas, por enquanto, foi impossível conter o racha. Pesaro disse, no entanto, que "em política a conversa nunca termina".

Pesaro afirmou que é possível que o PSDB entre na Justiça para tentar reaver o mandato dos vereadores dissidentes. Os vereadores não temem essa possibilidade e dizem que, caso isso aconteça, vão se defender na Justiça.

Os vereadores que anunciaram a saída afirmaram que estão insatisfeitos com a sucessão no diretório municipal do PSDB. Em 10 de abril, os tucanos elegeram para a presidência do partido o atual secretário estadual de Gestão, Júlio Semeghini, aliado do governador Geraldo Alckmin.

Semeghini foi um dos poucos tucanos a apoiar Alckmin nas eleições de 2008, quando ele tentava obter apoio do PSDB para ser candidato à Prefeitura de São Paulo.

Os vereadores pleiteavam a secretaria-executiva do partido, mas tiveram o pedido negado. Uma reunião realizada na quinta-feira terminou sem acordo. Um novo encontro marcado para esta segunda (18), segundo Pesaro, foi adiado por causa do anúncio feito no início da tarde pelos dissidentes.

Fica assim a composição da Câmara Municipal de São Paulo: PT (11), Democratas (8), Sem partido (7)*, PSDB (6)*, PR (5), PTB (3), PV (3), PCdoB (2), PSB (2), PP (2), PPS (2), PDT (1), PMDB (1), PRB (1) e PSC (1).* Dois vereadores do PSDB foram anunciados como dissidentes, mas as chefias de gabinete não confirmaram.

Fonte: G1