Em Havana, Conselho da Paz exige libertação dos 5 herois cubanos
Começou nesta sexta-feira (29) em Havana, Cuba, a reunião do Comitê Executivo do Conselho Mundial da Paz (CMP). Na pauta, o balanço das lutas antiimperialistas e o plano de mobilizações e campanhas de solidariedade internacional contra as agressões a países e povos. A reunião desenvolve-se até o sábado.
Publicado 29/04/2011 19:32

A presidente do CMP, Socorro Gomes, fez o pronunciamento central da reunião, analisando o recrudescimento das políticas agressivas do imperialismo e apresentando as linhas gerais e principais campanhas do movimento pela paz. No início da reunião, o CMP homenageou os cinco heróis cubanos.
O presidente do Movimento Cubano pela Paz (Movpaz), primeiro a falar, fez um duro discurso condenando a injustiça que é a manutenção desses patriotas nos cárceres. Instalou a reunião homenageando os cinco heróis cubanos prisioneiros nos Estados Unidos. Ricardo Alarcon, presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) de Cuba fez o histórico de todo o caso dos cinco presos, destacando a injustiça contra esses inocentes, que atuavam nos Estados Unidos, em nome da Segurança cubana para prevenir ataques terroristas de grupos anticubanos sediados em Miami.
Na opinião de Socorro Gomes, que entregou uma placa aos familiares dos cinco cubanos em homenagem a eles, os cinco foram condenados numa manobra sórdida, sob argumentos inventados e com a participação de membros do júri mais do que comprometidos com a ação estadunidense contra Cuba. “Por isso mesmo, a importância desses bravos heróis vai muito além das fronteiras de seu país”, disse.
“Ao nos dirigirmos aos familiares de Antonio Guerrero, Fernando González, Geraldo Hernandez, Ramon Libañino e René González quero dizer” – prosseguiu – “que esses cinco bravos companheiros não são heróis apenas do povo cubano. São heróis reconhecidos e admirados no mundo todo como símbolos da luta contra o imperialismo dos Estados Unidos, que é uma luta em defesa da Paz. Por isso, como presidente do Conselho Mundial da Paz, quero assegurar que não descansaremos enquanto não dermos um basta nessa injustiça. Medidas que amenizem seu sofrimento serão sempre bem-vindas. Mas não é esse o nosso objetivo. Temos como prioridade a luta pela imediata libertação desses heróis e pela reparação do crime que está sendo cometido”.
Os dirigentes do CMP cumprem intensa atividade solidária em Cuba, incluindo encontros com autoridades do Estado, a direção do Instituto Cultural de Amizade aos Povos (Icap), Movimento Cubano.
Durante a próxima semana, o CMP organiza, em parceria com entidades cubanas, um seminário no marco da campanha contra as bases militares do imperialismo. O evento ocorrerá em Caymanera, ao lado de Guantânamo, para expressar o protesto dos pacifistas de todo o mundo contra essa base militar e exigir o seu fechamento.
De Havana, Jaime Sautchuk