População do Rio aumentou quase 8% em dez anos

Isso corresponde a uma taxa média anual de 0,8%, o que significa que a cada ano cerca de 46 mil indivíduos somaram-se ao universo de moradores da cidade, seja por novos nascimentos ou pelo acolhimento de imigrantes.

Nestes dez anos, o Rio de Janeiro manteve-se como o segundo município mais populoso do país, com a mesma taxa média anual de crescimento do primeiro colocado, São Paulo. As duas metrópoles brasileiras cresceram no mesmo período bem mais que a população da cidade de Nova York (EUA), que passou de 8.008 milhões para 8.175 milhões (2,1% a mais), a uma taxa média anual de 0,2% (cerca de 16 mil pessoas a mais por ano).

Das cinco Áreas de Planejamento (AP) da cidade, as zonas Norte e Oeste concentram a maioria da população carioca. A Zona Sul teve o menor crescimento na década (1,2%). A AP Barra-Jacarepaguá, por sua vez, foi a que experimentou a maior expansão populacional, 33,4%.

O maior crescimento desta AP foi puxado principalmente pela explosão da Região Administrativa (RA) Barra da Tijuca, cujo total de habitantes passou de 174.353 em 2000 para 300.823 (72,5%, o maior crescimento da cidade) dez anos depois. Na mesma AP, Jacarepaguá é a região mais populosa da cidade, com 572.617 habitantes. Campo Grande vem em segundo lugar, também com mais de meio milhão de habitantes.

Ainda entre as RAs, Rocinha teve o segundo maior índice de crescimento, 23,1% (de 56.338 para 69.356 moradores), seguida de Portuária, 21,7%, e Guaratiba, 21,6%. Já em algumas regiões o Censo 2010 registrou queda no número de habitantes em relação a 2000, como Cidade de Deus (-3,9%) e Lagoa (-3,6%). Informações complementares para se entender tais dinâmicas de crescimento ou retração populacional, no entanto, só estarão disponíveis nos próximos meses, quando novos dados do recenseamento serão divulgados pelo IBGE, seguindo calendário pré-estabelecido pelo instituto.

Para o Rio Como Vamos, que fez o levantamento dos dados, a importância dos dados populacionais divulgados nesta etapa pelo IBGE se reflete nos instrumentos de planejamento da cidade, como o Plano Diretor e o Plano Estratégico, para a elaboração e execução de políticas públicas que atendam efetivamente essas mudanças demográficas.