Estudantes afirmam: “Vai depender da gente, construir a Unilab”

Yasmim, Hudson, Nayara, Ranieli, Eduardo, Leidiani, Anderson, Marcolina, Afrânio, Adriana, Jonarta, Raveli e Janay… Descontração e ansiedade marcaram o encontro dos estudantes na sede da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) em Redenção.

Unilab

Eles vão iniciar os estudos de graduação na Universidade nos cursos de Administração e Enfermagem e já sentem na pele a responsabilidade de ser a primeira turma. “Vai depender da gente, construir essa universidade”, afirmou Adriana, e a amiga Raveli completou: “as chances para nós foram muitas, porque vamos ficar para a história da Unilab”. E por que não a opinião de todos? “O mais importante é que somos a primeira turma”, reforçaram.

Dizem que nem sonhavam com a faculdade, que dirá então com uma Universidade. 14 alunos, quatorze frases e adjetivos que traduzem os sentimentos pela oportunidade: “Há coisas que a gente só sente, não explica; ansiedade; expectativa; alívio por começar; chance; conquista; sonho que vira realidade; aprendizado; felicidade imensa; não tenho palavras; expectativa singular; vitória conquistada; um mix de tudo.”

Durante o bate-papo surgiram lembranças das dificuldades que tiveram para chegar à universidade. “Transportes de má qualidade, estudar em escolas públicas”, lembraram.

Os planos para o futuro também já estão na agenda. Alguns querem se preparar para prestar concurso público, avaliar o emprego de acordo com salário, outros se dedicar por amor à profissão. “Eu vou mais pelo amor à enfermagem, sem me importar com salário”. Outros, ainda, gostam dos dois. “O negócio é se destacar na área”, concluíram.

uma oportunidade a mais é a chance de conviver com outras culturas trazidas na bagagem dos estrangeiros. “Vamos acolher bem. Já gostamos dos que chegaram,” disseram. O curso permitirá estágios nos países parceiros.

Esses alunos se dividem entre Redenção – Antônio Diogo – Barreira – Baturité – Ocara. Apesar de todos fazerem parte do Maciço de Baturité, nem todos conhecem a parte histórica e turística de cada pedacinho da região, que somados formam os 13 municípios do Maciço. Depois de uma rápida memorização sugeriram alguns pontos turísticos e históricos para quem quer conhecer um pouquinho mais da região.

Redenção

– Museu da Senzala
– Microondas ponto mais alto de Redenção.
– Monumento Negra Nua
– Praças
– Obelisco
– Busto da Princesa Isabel
– Santuário da Madre Paulina

Guaramiranga

– Pico Alto
– Cachoeiras são encontradas por todo Maciço

Antônio Diogo

– Monte das Graças
– Colônia Hospital Dermatológico

Forçando um pouco à memória, contaram uma das histórias que fazem parte da memória da cidade. Existiram no Centro da cidade, em frente à Praça da matriz, três árvores. Ali, os escravos eram negociados e vendidos. Com o passar dos anos cortaram duas árvores. Há dez anos, ainda se podia ver a que restou, morta por cupins. Atualmente há um monumento denominado Negro Liberto.

Segundo os novos alunos, a lição que fica do bate papo é que aprenderam o que não conheciam. “Hoje o jovem quer conhecer mais diversão do que história”, disseram, ressaltando a importância de conhecer a história do Maciço do Baturité, que pouco é lembrada. Eles acham que esse conceito vai mudar com a chegada da Unilab, que, com certeza, já está mudando. Leidiani, sorrindo, concorda: “aprendi muitas coisas de Redenção que não sabia”.

Quando o bate papo estava quase acabando, Izabel se juntou ao grupo. Também pudera, ela veio de Independência, que fica a 300 km de Fortaleza. “Pra mim não importa a distância, quero estudar”. Os alunos disseram mais: a Unilab virou ponto de referência em Redenção e vice-versa.

Carta Aberta


Fonte: Unilab